Aceleração para soluções a desafios das metrópoles prorroga inscrições

Programa também será voltado a iniciativas que atuem na capacitação de talentos

Os empreendedores à frente das dez startups sociais selecionadas para aceleração da Artemisia com o Facebook
Os empreendedores à frente das dez startups sociais selecionadas para a segunda turma de aceleração da Artemisia com o Facebook - Marco Torelli/Divulgação
São Paulo

A Aceleradora Estação Hack prorrogou as inscrições para sua terceira turma até 6 de janeiro. O programa, iniciativa do Facebook com apoio da Artemisia, busca empreendedores com soluções inovadoras que tornem as cidades mais inclusivas e sustentáveis, com foco em capacitação de talentos e desafios das metrópoles do futuro. As inscrições devem ser feitas pelo site.

No Brasil, 84,4% da população vive em centros urbanos, de acordo com Censo do IBGE em 2010, com a expectativa que chegue a 91,1% até 2030. Soma-se a isso o aumento de 30% da densidade média de áreas metropolitanas no mundo e os desafios da 4ª Revolução Industrial, que deve eliminar 75 milhões de vagas de emprego ao redor do globo, segundo o Future of Jobs Report, do Fórum Econômico Mundial.

Diante desse cenário, as organizadoras do programa buscam negócios de impacto social que constroem as soluções demandadas por esse futuro. No eixo de cidades inclusivas –que envolve uma rede complexa de múltiplos fatores espaciais, sociais e econômicos–, estão aptas a participar iniciativas com produtos e serviços que garantam ao cidadão das cidades do amanhã oportunidades e melhores condições de vida.

São projetos voltados a mobilidade com foco nas pessoas (não trânsito ou transportes); transformação de moradias insalubres para habitações dignas e sustentáveis; água, energia e ambiente; saúde e bem-estar; govtechs (que ajudem governos a se tornarem mais eficientes, inteligentes e acessíveis à população); ética e cidadania; e acessibilidade e inclusão para minorias e pessoas vulneráveis.

Já no eixo de capacitação de talentos e profissionais do futuro, a busca é por negócios sociais que propiciem oportunidades de trabalho para a população de menor renda em um contexto de economia global em rápida transformação.

A proposta é selecionar iniciativas empreendedoras que ajudem as cidades a se tornarem mais criativas, preparando talentos e profissionais para o futuro mercado de trabalho.

Nessa lógica, startups de incentivo a cultura e criatividade; desenvolvimento de competências do século 21; acessibilidade digital; ética e tecnologia; capacitação e fortalecimento de empreendedores; e empregabilidade para jovens.

Serão escolhidas dez novas startups de impacto social para um trabalho intensivo de aceleração de negócios dentro da Estação Hack, que já apoiou outros 20 empreendimentos nas edições anteriores. A iniciativa do Facebook em São Paulo é o primeiro centro de inovação da rede social no mundo.

Já participaram do programa de aceleração iniciativas como a Simbiose Social, que faz um "match" entre empresas e projetos sociais para destinação de verbas de leis de incentivo, democratizando assim o uso desse recurso. Seus fundadores, Mathieu Anduze e Raphael Mayer, venceram o Prêmio Empreendedor Social de Futuro em 2018.

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