Imaflora cria série de vídeos sobre governo aberto para formar cidadão participativo

Com cordel e animação, instituto trabalha transparência pública e participação social

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São Paulo

O Imaflora, finalista do Prêmio Empreendedor Social em 2012 e integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais, lança mais um recurso para ajudar a manter a transparência pública e contribuir para evitar casos de corrupção. Trata-se do Trilha de Governo Aberto.

Voltada a garantir acesso a informações relacionadas às áreas de clima, florestas e agricultura e fazer com os dados técnicos se tornem acessíveis, uma equipe de nove profissionais do Imaflora usou recursos de animação e de cordel para montar uma jornada em uma trilha, composta por 20 vídeos que abordam o conceito de governo aberto.

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"A intenção foi comunicar de forma objetiva e dinâmica e mostrar como o conceito pode ser aplicado na formulação de políticas para o clima, a floresta e a agricultura", diz Marcelo de Medeiros, coordenador de políticas públicas do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).

Mapa da Trilha do Governo Aberto, plataforma criada pelo Imaflora
Mapa da Trilha do Governo Aberto, plataforma criada pelo Imaflora - Reprodução

Segundo ele, a organização usou profissionais com expertise em administração, gestão ambiental, engenharia florestal, jornalismo e comunicação para trabalhar desde 2017 com o tema. Primeiro, foi preparado um curso para explicar governo aberto. O material foi disponibilizado no site do Imaflora e motivou a criação da primeira série de videoaulas em 2018. 

Ao trabalhar os temas de transparência e acesso à informação, dados abertos, participação social e accountability, o Imaflora alcançou algumas conquistas.

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A maior delas foi na área de abertura de dados, com o Ibama, que tornou públicas informações do DOF (Documento de Origem Florestal). De acordo com o Imaflora, esta base permite entender o comércio de madeira da floresta ao consumidor.

Os dados do DOF foram abertos em 2018, a partir da inserção dessa base no plano do Ministério do Meio Ambiente, uma demanda do Imaflora e de outras organizações a partir do conceito de governo aberto. Com a abertura dos dados, agora é possível evitar o manejo ilegal de madeira tropical, pois a transparência inibe as fraudes, comuns na cadeia.

"Outro exemplo é o aumento da transparência da Câmara de Vereadores de Piracicaba, que, a partir do Observatório Cidadão de Piracicaba [com participação do Imaflora], passou a prestar contas para a sociedade do que faz e a ter espaços para a participação popular em suas discussões e decisões", afirma Medeiros.

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Ele cita que o Observatório Cidadão permitiu a cidadãos interagir na administração pública, tanto na Prefeitura de Piracicaba quanto na Câmara, que passou a adotar práticas do Parlamento Aberto.

Assim, ele descreve a criação de portais, como o Portal da Transparência, e de conselhos como pilares para evitar corrupção, promover a participação popular e assegurar ganhos para a sociedade.

O Imaflora, que é referência em governança e tem também trabalhado a formação de líderes na sociedade para participar de conselhos, enxerga as práticas de governo aberto como complementares à da certificação ambiental e agrícola. "Um interfere em políticas públicas, outro em políticas privadas, mas ambos sob os mesmos princípios e visando alterar a governança", diz Medeiros.

Assim, ao mesmo tempo em que luta na escala federal por políticas florestais, agrícolas e climáticas, desde o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) da Carne, para impedir compra de carne de gado advindo de fazendas que desmatam a Amazônia, até o GTA (Guia de Transporte Animal), o Imaflora trabalha agora levar ao maior número de pessoas os 20 vídeos que criou para formar cidadãos participativos.

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