A que viemos? O que estamos fazendo? Essas são duas indagações que precisamos responder!
O efeito acumulado de anos de intervenção equivocada no meio ambiente, por parte dos seres denominados de humanos, gerou uma reação de desequilíbrio no planeta que levará décadas para restabelecer o reequilíbrio.
Isto é, se houver iniciativas urgentes e concretas para corrigir o que por muito tempo foi feito com a compreensão de normalidade, mas, na verdade, tratava-se de práticas equivocadas de uso e manejo dos recursos naturais.
Uma árvore, dependendo da espécie, leva décadas para atingir sua fase adulta, quando estará com seu potencial de contribuição para o processo de equilíbrio ambiental, mas poderá ser dizimada em minutos, seja pela ação da motosserra ou do fogo.
Da mesma forma acontece com as espécies de animais e insetos que habitam o planeta, considerados fundamentais no âmbito da biodiversidade, condição essencial para o processo de sustentabilidade.
Já há muitas décadas que se fala, se escreve e se estuda sobre a sustentabilidade, palavra bonita. No entanto, não é assumida em nossas atitudes e empreendimentos, executados em nome do desenvolvimento.
Uma questão vem à tona: que tipo de desenvolvimento queremos? A quem se destina o desenvolvimento que estamos construindo? Que herança deixaremos para os que irão nos substituir?
A terra e os demais recursos naturais têm vida. Mas, dependendo da forma como utilizarmos, pode vir a morrer.
É o que já aconteceu e continua acontecendo em grandes proporções, gerando impactos danosos para a vida dos que habitam o planeta, não só para os denominados de humanos, mas para todos.
O reclamar do planeta é consequência desse acúmulo e pede uma ação urgente de todos nós. Por certo tempo, quando se falava de meio ambiente, logo vinha à mente a imagem de fauna e flora.
Hoje já está mais evidente que o meio ambiente é o espaço onde vivemos, com quem, com o que e como nos relacionamos. É das atitudes e práticas que regem esse relacionamento que podem nascer iniciativas verdadeiramente sustentáveis ou que causam o desequilíbrio, trazendo como consequência grandes desastres ambientais.
Por isso vale refletir: a que viemos? O que estamos fazendo? Já parou para refletir sobre isso?
Antes de só reclamar, devo pensar: o que estou fazendo para mudar as práticas equivocadas de uso e manejo dos recursos naturais? Já tenho suficiente consciência de que um simples ato meu, equivocado, somado ao de muitos outros é que gera insustentabilidade. De que forma estou reagindo a essa consciência?
Partindo dessa reflexão posso buscar fazer algo para mudar. Existem muitas maneiras: tornando-me um voluntário de uma organização que faz um trabalho de formiguinha para o equilíbrio ambiental, porém com a minha ação o trabalho pode ser potencializado. Ou, então, tornando-me um doador de uma causa que vem sendo trabalhada por alguma organização e, a partir da minha solidariedade a iniciativa pode ser potencializada.
Minha doação pode ir muito além do aspecto financeiro. Posso mobilizar pessoas para potencializar uma iniciativa que já vem dando certo e que precisa de apoio. Posso compartilhar uma experiência que vem dando certo e que pode inspirar muitas outras pessoas para também virem a reaplicar o que está sendo feito, de conformidade com a realidade local.
São imensas as possibilidades de cooperação para um novo jeito de viver, com mais coerência com o que nos foi ofertado pela própria natureza para a vida, gerando mais vida.
Pensemos e reflitamos sobre tudo isso. Alguma coisa com certeza irá mudar.
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