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Quase metade da população mundial já ajudou um desconhecido, diz estudo do IDIS

Mais de 2,5 bilhões de pessoas, 48% da população mundial, ajudaram alguém que não conheciam na última década

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São Paulo

Um estudo global de dez anos, feito com base em 1,3 milhão de pessoas de 126 países, revela que, apesar do fortalecimento da cultura de doação, foi registrada uma queda crescente neste comportamento, principalmente em alguns dos lugares mais ricos do mundo, como EUA, Canadá, Reino Unido, Irlanda e Holanda.

A 10ª edição do Ranking Global de Solidariedade foi produzida pela Charities Aid Foundation (CAF), instituição com sede no Reino Unido e que no Brasil é representada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, o IDIS.

O levantamento, encomendado ao Instituto Gallup, analisou dados agregados de cada país entre 2009 e 2018, tendo como base as respostas de três perguntas: se o entrevistado ajudou um desconhecido, se contribuiu financeiramente para organizações da sociedade civil e se doou tempo como voluntário para uma organização.

O estudo completo pode ser baixado no site oficial.

Estudo global com 1,3 milhão de pessoas ao redor do mundo revela uma tendência de queda no comportamento solidário
Estudo global com 1,3 milhão de pessoas ao redor do mundo revela uma tendência de queda no comportamento solidário - Divulgação

Sete dos dez países mais solidários estão entre os mais ricos do mundo, com os EUA na liderança. Mas o topo do ranking também inclui nações menos ricas, como Mianmar (2º lugar), Sri Lanka (9º lugar) e Indonésia (10º lugar). A Nova Zelândia (3º lugar) é o único país que aparece no top 10 das três perguntas.
 

O relatório identificou ainda os países mais solidários ao longo da década, juntamente com os menos generosos e os que tiveram a melhor e a pior performance no período.

Indonésia, Quênia, Singapura, Malásia, Iraque, África do Sul, Haiti, Ruanda, Bósnia e Emirados Árabes foram os países que mais cresceram no ranking de solidariedade.

Já Polônia, Turcomenistão, Filipinas, Letônia, República Tcheca, Azerbaijão, Mauritânia, Camboja, Afeganistão e Marrocos os que mais caíram.

A América do Sul apresenta um quadro com múltiplas tendências, com um número considerável de países onde os entrevistados afirmam ajudar um desconhecido —isso acontece inclusive em países que sofreram ​​conflitos e crises recentes, como Venezuela e Equador.

No continente, o Brasil aparece na oitava colocação, ganhando apenas de Argentina, Equador e Venezuela. No mundo, o país é o 74º da lista solidária.

Em outros lugares, apesar do cenário de incertezas econômicas e políticas, a região apresentou um quadro de resiliência geral —mesmo quando houve uma queda no número de pessoas que contribuíram financeiramente com organizações ou doaram seu tempo.

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