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Ana Addobbati

Dados para o bem: como contar com eles em tempos de coronavírus

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Ana Addobbati

É chegado o momento em que há o chamamento responsável para ficar dentro de casa. Muitos escritórios decretaram o home office, comércio está 80% fechado, academias e escolas têm aulas presenciais interrompidas.

A mudança na rotina dos cidadãos brasileiros começou em 15 de março. Em São Paulo, a quarentena foi decretada pelo estado e pela prefeitura no dia 21, começando a valer na terça-feira (24).

Muitos se anteciparam. A questão de saúde é também econômica, mundial e tecnológica. Já parou para pensar quanto tempo as pessoas economizam em deslocamento, principalmente nas grandes capitais?

Nesse período, quando muitos estariam em seus carros no trânsito ou dentro de transporte público, os cidadãos estão em seus lares respeitando a tentativa de achatar a curva de contaminação pela Covid-19.

Neste momento, sabemos que todos precisam de uma rotina muito bem definida, para não misturar horas trabalho, casa e lazer. Mas qual é a linha que divide isso? É tênue, mas existe e precisa ser limitada.

Principalmente para profissionais que já trabalham a maior parte do seu tempo conectados. Não se pode esquecer das pessoas que não fazem parte de uma maioria privilegiada a quem o home office é viável e simplesmente tiveram seus afazeres cortados, como empregados domésticos, varejistas, profissionais de estética e autônomos.

Em suas casas, com a socialização sendo feita apenas virtualmente, a tendência é que essas pessoas fiquem mais propensas a se viciar em internet, o que chamamos de intoxicação digital.

Segundo dados da consultoria GlobalWebIndex, o Brasil é o segundo colocado no ranking de países que passam mais tempo em redes sociais no mundo. Aqui, as pessoas gastam quase 150 minutos por dia nas mídias sociais.

Em tempos de coronavírus, essa média subirá. Ainda não temos uma pesquisa formal, mas é uma realidade. Junto a isso, nos deparamos com as “crises na crise”. É o que vemos com a desinformação e o fenômeno das fake news, a todo o momento, rondando os cidadãos.

Como as pessoas podem se proteger nessa era da conectividade contra essas ameaças? A primeira dica é buscar por fontes confiáveis e a segunda é nunca compartilhar documentos, arquivos, links e charges sem checar a procedência.

Nessa construção de conversas em meio a uma crise sem precedentes, a responsabilidade individual sobre o que é inserido numa rede exponencial é urgente. Foi pensando em auxiliar a todos que a nossa ONG, a Social Good Brasil, criou um movimento nas redes sociais para o uso e consequente compartilhamento de dados corretos.

A proposta é auxiliar cidadãos, governantes e empreendedores informando, educando e aumentando a conscientização do uso das tecnologias atuais para orientar e minimizar ruídos e riscos durante o processo em que vivemos.

As orientações estão disponíveis no site, no Radar Data For Good, referência em conteúdo do uso de dados para impacto. Essa corrente vai ao encontro com o nosso propósito: usar dados para o bem.

Vamos continuar nossa missão de apoiar a população com ferramentas digitais de alcance para que a informação útil chegue a todos. Temos o poder na ponta dos dedos. Agora, precisamos saber usá-lo. Para isso, conte conosco.

Ana Addobbati

Diretora da Social Good Brasil.

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