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Parceria entre Magalu e grife brasileira garante renda a artesãs durante a crise

Recém-estreada, loja online já arrecadou mais de R$ 100 mil revendendo os artesanatos a preço de custo

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São Paulo

Pelos próximos três meses, a Casa Martha Medeiros garantirá renda a centenas de artesãs que, por conta da crise do novo coronavírus, não conseguem vender seus produtos. A loja, hospedada pelo ecommerce do Magazine Luíza, mal abriu as vendas nesta quinta-feira (23) e já esgotou produtos, arrecadando mais de R$ 100 mil.

As criações variam entre bonecas, vasos, passadeiras, bolsas, pochetes etc., todos comprados dos produtores à vista e vendidos a preço de custo, somado ao frete da entrega.

A iniciativa é fruto da parceria entre a estilista Martha Medeiros, dona da grife homônima, e Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magalu.

“Eu não gosto de assistencialismo, gosto de empoderar as mulheres”, afirma Martha, que idealizou o projeto após ver na internet um pedido de auxílio financeiro da Associação de Mulheres Indígenas do Alto do Rio Negro. “Elas são artistas, fazem coisas divinas, não merecem essa situação”, diz.

A estilista então ligou para a cooperativa e comprou praticamente todas as peças que elas já tinham prontas, com foco nas de maior valor. E fez a mesma coisa com as associações Bonequeiras de Remígio, na Paraíba, e Artesanato e Arte de Alter do Chão, no Pará, impactando também cerca de 250 artesãos de comunidades nordestinas.

Até agora já foram depositados diretamente aos produtores mais de R$ 140 mil, montante que aumenta a cada dia. Isso porque Martha, que é conhecida entre artesãs e bordadeiras, tem recebido muitas mensagens e ligações com pedidos de ajuda, e tem se esforçado para incluir todos na Casa Martha Medeiros.

“Não esqueço de onde eu vim e estou cada vez mais ligada a esses pequenos artesãos, que estão vivendo uma fase dificílima por não ter a quem vender suas criações”, diz.

Após comprados à vista pela estilista, alguns produtos são encaminhados com indenização dos custos de transporte até o centro de distribuição do Magazine Luíza mais próximo.

Outros, geralmente mais simples, passam por São Miguel dos Milagres (AL) antes, onde as bordadeiras que trabalham para Martha Medeiros deixam os artesanatos com “a cara da marca”, valorizando o produto.

Ainda na linha de fomento aos pequenos negócios, impactados pela pandemia, Magalu firmou recentemente acordo com a Sebrae para levar a transformação digital a estes empreendedores.

A cooperação proporcionará aos pequenos varejistas acesso à plataforma do Parceiro Magalu, ambiente digital de negócios que inclui novos canais de vendas, marketing, logística de entrega, ferramenta de faturamento e instrumentos de análise de dados em tempo real para gestão da loja.

Com essa parceria, o Sebrae disponibilizará sua capilaridade no território nacional e ferramentas de capacitação, consultoria e inovação tecnológica para os pequenos negócios, preparando-os para o mundo digital.

O Parceiro Magalu foi lançado no começo das restrições impostas pelo combate à Covid-19. A plataforma permite que o MEI ou pertencente ao Simples disponibilize seus produtos no site, app e, futuramente, lojas do Magalu. Até 31 de julho, a empresa vai cobrar um percentual de 3,99% por venda, apenas para cobertura dos custos de operação.

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