A crise que estamos vivendo é sem precedentes. Talvez pela primeira vez na sociedade moderna vemos emergir uma crise que afeta vários sistemas simultaneamente: saúde, econômico, social e ambiental.
Para quem tinha dúvidas, agora fica muito claro que estamos todos globalmente interconectados e que todos os sistemas estão entrelaçados.
Além de criarmos respostas ágeis para essa crise sem precedentes, precisamos entender as raízes dessa e de outras crises que estamos vivendo. Quando vamos a raiz do surgimento desse vírus em seres humanos chegamos a um mercado chinês onde o comércio ilegal de animais silvestres e o total desrespeito com outros seres vivos é prática comum.
Se somamos a essa catástrofe outras que temos vivido como as queimadas na Amazônia e na Austrália, todas têm uma origem comum um desrespeito com a vida e com o planeta.
Os rios estão mais limpos, o ar está mais puro e em breve veremos estudos mostrando a retomada da fauna em áreas degradadas neste período de crise que estamos vivendo.
Esse é um forte indicador que há algo de muito errado na forma como vivemos nossa vida “normal”, se quando estamos vivendo normalmente estamos poluindo os rios, a atmosfera e destruindo a vida em várias esferas será que queremos voltar para esse “normal”?
Podemos continuar tentando responder às crises ou começar a trabalhar numa mudança radical em nossos estilos de vida e na maneira que vivemos e fazemos negócios.
É fundamental que negócios de impacto e que estão alinhados a regeneração do meio ambiente e a harmonização das relações sociais não sejam mais apenas um nicho, essa deve ser a nova forma de fazer negócios, espero que pela consciência, mas se não for assim, será a força e pela auto preservação da raça humana.
O Impact Hub e vários atores do ecossistema estão agindo com a perspectiva de por um lado solucionar a crise mais emergencial com iniciativas como o Fundo Periferia Empreendedora (desenvolvido pelo Empreende Aí, Firgun e Impact Hub) e por outro com a perspectiva de redesenho do sistema.
Temos a oportunidade de criar um novo “normal”. Infelizmente essa oportunidade está vindo com o maior custo que poderíamos ter: a vida de muitas pessoas. No entanto isso deve nos fazer honrar ainda mais essa oportunidade e promover uma retomada não de volta ao antigo “normal” que continuará nos trazendo crises, cada vez maiores, mas para uma nova sociedade e uma nova economia.
Uma economia na qual solidariedade, confiança e colaboração sejam as bases do sistema. Os negócios de impacto são um bom indicativo de caminhos práticos que podem ser trilhados nessa direção.
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