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Doações de notebooks e tablets vão auxiliar escolas e presídios na pandemia

Projeto Constitutição na Escola doará 200 laptops para alunos da rede estadual de SP e Humanitas360 cede 55 equipamentos para visitas virtuais a presos no Maranhão

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Estudantes da rede pública de São Paulo vão contar com 200 laptops e tablets para se prepararem para o Enem, enquanto presos no Maranhão passam a dispor de 55 computadores para visitas virtuais durante a pandemia.

A tecnologia é aliada para minimizar os impactos da Covid-19 em ações promovidas por movimentos, como Projeto Constituição na Escola, e ONGs como a Humanitas360, que atua na humanização dos presídios no país, em parceria com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Professor segura microfone e dá aula para adolescentes, que olham atentos
Aula na Escola E. E. lberto Torres, no Butantã, sobre os direitos fundamentais e a constituição brasileira para alunos da escola pública - Gabi Di Bella

O acesso a computadores para os presos se comunicarem com seus familiares durante a pandemia é uma forma de amenizar o impacto do fechamento das prisões devido ao novo coronavírus, que eliminou cerca de 1 milhão de visitas por mês em todo o país.

As visitas virtuais começaram em 39 unidades prisionais do Maranhão, piloto da iniciativa que deve se espalhar por pelo menos outros 14 estados que já sinalizaram interesse em replicar a experiência.

Para Patrícia Villela Marino, presidente do Instituto Humanitas 360, viabilizar a comunicação familiar é fundamental em um período de grande tensão e muitas incertezas. “Não só sob a perspectiva humanitária dos encarcerados, mas também sob o ponto de vista do clima organizacional dentro do sistema na proteção ao policial penitenciário", explica.

As chamadas de videoconferência são permitidas para visitantes previamente cadastrados no sistema. As visitas virtuais devem durar 40 minutos para cada pessoa sob custódia. Países como Canadá, Estados Unidos e Colômbia já realizavam visitas sociais virtuais, no contexto da Covid-19.

Após a pandemia, os equipamentos poderão ser usados para assegurar a visita social virtual a grupos específicos, como aqueles que cumprem pena em municípios distantes de seus familiares.

O juiz Luís Geraldo Lanfredi, coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ, destaca a importância de não suprimir o contato de pessoas privadas de liberdade com o mundo externo.

“A pandemia acabou acelerando uma política que já se via como necessária. Em tempos de coronavírus e com as visitas suspensas em 100% do país, o contato virtual é ainda mais relevante e urgente”, afirma.

O CNJ deve sistematizar a prática por meio de resolução.“A ambição do CNJ e da H360 vai muito além do alcance das visitas sociais, dispondo-se a aprimorar e fortalecer a assistência jurídica, sanitária e educacional nos presídios”, explica Mário Guerreiro, supervisor do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ.

Equipamentos eletrônicos também serão entregues na manhã deste sábado (16) na Escola Estadual Julia Macedo Pantoja, na zona leste da capital paulista.

A doação do Projeto Constituição na Escola é fruto da mobilização nas redes sociais de voluntários da organização formada por jovens advogados. O escritório de advocacia Lobo de Rizzo é patrocinador da iniciativa.

Menina sentada à mesa escreve no caderno escolas com notebook na frente dela
Primeira aluna beneficiada pelo Projeto Constitutição na Escola estuda com notebook novo - Divulgação


“Com uma ação de união e solidariedade em um período que enfrentamos um inimigo invisível como o coronavírus, buscamos ajudar quem realmente precisa, facilitando o acesso à educação para os estudantes mais carentes”, explica Felipe Neves, fundador e presidente do Projeto Constituição na Escola.

A campanha visa favorecer os alunos das escolas estaduais que estão se preparando para o Enem e não têm computadores em casa. A entrega vai benefiar estudantes de cerca de 20 instituições públicas.

O Magalu, em parceria com a APM (Associação de Pais e Mestres da Escola) e a ONG Parceiros da Educação, ofereceu até esta sexta-feira (15) tablets a preço de custo para alunos de seis escolas da rede pública do Estado de São Paulo.

O aparelho do modelo M7 3G Multilaser, que originalmente custa R$ 479,00, passou a ser comercializado a R$ 337,00 em até 24 parcelas de R$ 14,04. A primeira a ser paga a partir de agosto de 2020.

A empresa fornecerá um chip da operadora de telefonia do Magalu, a Maga+, com 500 MB de internet gratuita.

O objetivo da ação de inclusão digital defendida pelo Magalu é viabilizar o acesso dos estudantes à plataforma online desenvolvida pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que oferece aulas e materiais de estudo em meio à pandemia da covid-19.​

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