Com engajamento histórico de empresas em ações para minimizar os impactos da Covid-19, um banco, uma cervejaria e uma gigante do varejo lideram o ranking de solidariedade entre as marcas mais lembradas pela população em meio à pandemia.
Em primeiro lugar está o Itaú Unibanco, com 33% das citações, seguido por Ambev, com 25%, e Magazine Luiza, com 9%. O levantamento da Demanda Pesquisa Desenvolvimento e Marketing ouviu 1.045 pessoas em todo o país, entre 28 e 21 de abril.
“Itaú é lembrando pelo doação vultosa, a Ambev pela distribuiçãoo de álcool em Gel e Magazine Luiza por ações mais gerais e dispersas”, explica Ricardo Lopes, gerente de projetos da Demanda.
A amostra tem uma margem de erro de 3% e confiabilidade de 95%.
Os entrevistados também foram estimulados a dizer o quanto as ações de solidariedade impactam sua opinião sobre as marcas e o quanto estariam propensos a se tornarem clientes.
Nesse quesito impacto positivo de imagem da marca, Magazine Luiza teve o melhor resultado, com média de 8.8,. Natura e Santander aparecem empatados em segundo lugar, com média 8,3.
Já quanto à disposição de se tornarem clientes dessas marcas mais solidárias, novamente Magazine Luiza lidera o ranking, com nota 8,5, isolada no topo. Em segundo lugar, está a Natura, com 7,1 e Bradesco com 6,6.
“As pessoas lembram das marcas com simpatia, mas isso não se revete necessariamnte em consumo imediato ou em adesão, decisões que envolvem também outros componentes”, explica Lopes.
Quando foram questionados sobre os modelos de iniciativas que se lembravam, os entrevistados citaram mais doações (68%). Em segundo lugar, vieram as ações gerais envolvendo apoio às pequenas empresas, empregos e lives nas redes sociais, mencionadas por 33%. Em terceiro lugar, apoio a pesquisa e desenvolvimento de produtos como testes e álcool gel, com 24%.
Ao inserir a lembrança de marca no contexto das ações, o estudo mostra que o conceito de doação está mais vinculado ao Itaú (40%), Ambev (28%) e Magazine Luiza (11%). Já entre as ações em geral, as três primeiras colocações se mantêm com 29%, 21% e 14%, respectivamente. Já, no grupo que citou as iniciativas de pesquisa e desenvolvimento, a Ambev passa à primeira colocação com 48%, seguida pelo Itaú, com 32%, e na terceira posição entra a Vale, com 14%, enquanto o Magazine Luiza cai para 7%.
A pesquisa também averiguou mudanças nos hábitos de compras da pessoas durante a pandemia. Na primeira edição, realizada há um mês, 36% afirmavam ter passado a comprar mais do que o normal. Agora são apenas 12% que afirmam ter adotado e mantido hábitos diferentes desde que a crise se instaurou.
“Esses dados sugerem que o medo do desabastecimento acabou, pelo menos para a grande maioria da população”, avalia Gabriela Prado, diretora executiva da Demanda. Segundo ela, as cadeias produtivas se mostraram capazes de suprir com certa normalidade os mercados. “Portanto, não temos mais um impacto relevante desse comportamento no contexto da crise."
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