Organizações do ecossistema de empreendedorismo de impacto lançam a publicação "Estudo
sobre Empreendedorismo da Periferia de São Paulo", que teve como objetivo entender o cenário
do empreendedorismo nas periferias paulistanas.
Realizado pelo Quintessa, Empreende Ai, Adesampa e Pipe.Social, com patrocínio da Samsung,
o estudo teve enfoque para a forma como estes empreendedores têm acessado a chamada
“rede de apoio” ou “intermediários”, que são os programas de aceleração, de incubação, de
capacitação, acesso a recurso financeiro, contatos, entre outros.
Sendo assim, a pesquisa se dedicou a compreender o perfil destes empreendedores e seus
negócios, o cenário da rede de apoio existente, demandas atendidas e não atendidas e por fim,
reconhecer oportunidades para fomentar esse ecossistema.
O 2º Mapa de Negócios de Impacto 2019 já tinha revelado um cenário de alta demanda, em
que 50% dos mil negócios de impacto no Brasil ainda não conseguiram ingressar numa
aceleradora.
Mas esse parece ser um desafio ainda maior para os negócios na periferia paulistana. O estudo revela que seis em cada dez empreendedores da periferia já buscaram aceleração sem conseguir vaga.
O mesmo número de negócios diz estar captando investimento, mas grande parte ainda depende de doações.
“Desenvolver políticas públicas para empreendedores da periferia é uma forma de movimentar
a economia local, mas também de combater a desigualdade e ampliar as oportunidades nessas
regiões”, destaca a Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline
Cardoso.
“Com o Vai Tec, a Prefeitura de São Paulo já impulsionou cerca de 200 negócios de
jovens que participaram do Programa”, complementa.
Além de ouvir mais de 80 de empreendedores, o estudo abriu um processo de escuta com 15 organizações que os apoiam nos territórios periféricos e 12 patrocinadoras de projetos cujos objetivos se relacionam ao tema, compreendendo assim como se posicionam no mercado, principais objetivos e como agregam valor para esses projetos, assim como realizar uma escuta sobre os desafios de apoiar negócios com esse perfil.
Todo o processo de escuta foi conduzido por Quintessa e Empreende Aí e contou com a colaboração de Agência Solano Trindade, Rede Nois por Nois, Macambira, Empreende Tiradentes e APAGE como cocriadores das bases das entrevistas e análises desenvolvida ao longo do estudo.
O estudo aponta um cenário empreendedor ainda nascente, com empresas lideradas por maioria feminina focada em solucionar problemas locais. As ajudas mais urgentes focam em vendas e desenvolvimento de equipe.
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