Mentoria online ajuda empreendedores negros a impulsionar seu negócios

Durante três meses, pequenos negócios beneficiados pelo Fundo Emergências Econômicas terão auxílio de profissionais especializados

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São Paulo

Em meio aos desafios decorrentes do isolamento social que afetaram empreendedores negros e periféricos, a coalizão Éditodos está investindo em mentorias de negócios online.

O objetivo é orientar os mais de 250 empreendedores em como fazer melhor uso dos R$ 1.500 que cada um recebeu como apoio financeiro do Fundo Emergências Econômicas.

“O dinheiro sozinho não faria a diferença. Para que os negócios perdurem é necessária uma mentoria para orientar fatores como precificação, gestão, comunicação e as próprias finanças”, explica Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta e uma das mentoras do programa.

O programa, que teve início no dia 22 de julho e atingiu 100% da expectativa de público, traz um formato com foco na linguagem simples, para questões complexas, a pequenas turmas fechadas, que contam com jovens e mulheres acima dos 50 anos.

O desafio da inserção tecnológica como adaptação ao isolamento social é uma das barreiras que o programa deseja derrubar. Isso porque nem todos os empreendedores usavam dos recursos digitais em seus negócios, seja para venda ou comunicação, ou até mesmo em suas vidas pessoais, como o uso de aplicativos e pagamentos de contas online.

“Há uma expectativa de que daqui a alguns meses possamos acompanhar os resultados relacionados por meio do incremento nos negócios, a partir dessa inserção tecnológica. Essa é uma ferramenta extremamente importante pensando na sobrevivência desses negócios e na retomada pós pandemia”, comenta Fernanda Ribeiro, fundadora da Afrobusiness e também uma das mentoras.

O programa permite que os empreendedores possam potencializar seus negócios e tenham suas habilidades ampliadas a partir deste apoio técnico, e também emocional.

Na primeira mentoria realizada sobre finanças, que contou com a participação da especialista Dina Pratz, os empreendedores revelaram que suas principais dúvidas estavam na organização do capital de giro e na separação do dinheiro pessoal e do negócio, além do escoamento de produtos neste contexto pandêmico.

Esse tipo de iniciativa se torna fundamental em um contexto em que os recursos estão limitados e os subsídios governamentais não abrangem a todos. Segundo estudo feito pelo Plano CDE em parceria com a PretaHub com 14 milhões de empreendedores negros, 84% já utilizaram dos próprios recursos para alavancar o negócio e 23% recorreram a empréstimos de amigos e familiares.

Em agosto, a Éditodos realiza uma terceira onda de investimentos para novos empreendedores em dez estados mais o Distrito Federal.

A iniciativa tem o apoio de Assaí Atacadista, Fundação Arymax, ICE, Instituto C&A, Itaú-Unibanco, Itaú Social, JP Morgan, Mercado Livre e Semente Oré.

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