ONG pantaneira oferece suporte psicológico a crianças

Moinho Cultural, ONG do projeto de voluntariado da Ambev, destina parte de seus recursos para crianças afetadas pela pandemia de Covid-19

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São Paulo

Em meio a queimadas, escassez de recursos e oportunidades, a crise imposta pela Covid-19, segundo Márcia Rolon, diretora executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, foi um momento de respiro e parada no cotidiano para olhar os processos.

No primeiro momento, a ONG, que há 15 anos oferece a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade aulas de dança, arte, informática e apoio escolar, adaptou seus cursos e atendimentos para o ambiente online.

A organização disponibilizou chips de celular àqueles que não tinham acesso à internet e destinou cestas básicas para as famílias que vivem em maior vulnerabilidade.

Crianças atendidas pelo Moinho Cultural
Crianças atendidas pelo Moinho Cultural - Divulgação

Márcia conta que percebeu forte impacto psicológico nas pessoas atendidas.

“A falta do olhar e do estar junto em um projeto com um ciclo de oito anos e 20 horas semanais por si só já traz marcas nessas crianças e adolescentes, mas muitas tiveram que manter o isolamento social em um ambiente de violência, outras perderam amigos e familiares para a Covid-19”, explica.

“Por conta disso fizemos intervenções com o nosso núcleo social e decidimos disponibilizar atendimento psicológico online por idade”, finaliza.

A ONG faz parte do VOA, programa de voluntariado da Ambev para compartilhar com organizações de impacto social seus conhecimentos em gestão.

A diretora ressalta que o programa deu todo o suporte para que o Moinho pudesse se organizar durante a crise. O time conseguiu desenvolver um planejamento estratégico, profissionalizar processos e acompanhar indicadores que permitissem o vislumbre da ampliação da operação —a iniciativa irá para outras fronteiras como Paraguai e Uruguai.

Localizada em Corumbá (MS), a ONG já atendeu 23 mil pessoas. Atualmente, o Moinho também beneficia crianças e jovens do município de Ladário (MS) e das cidades bolivianas Puerto Suarez e Puerto Quijarro, possibilitando um importante intercâmbio cultural.

“O distanciamento social nos trouxe mais tempo e é importante entendermos como usá-lo de forma assertiva, afinal são raros os momentos em que podemos sentar para rever processos e planejar o futuro”, comenta Carlos Pignatari, gerente de impacto social na Ambev, e que está à frente do VOA na companhia.

“Estamos muito felizes de ver a evolução e profissionalização do Moinho. Nosso papel diante do atual cenário é dar suporte a essas organizações, queremos apresentar recursos e caminhos para que elas consigam sobreviver após esse período”, finaliza o executivo. Criado em 2018, o programa já beneficiou 333 ONGs do Brasil todo.

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