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Você sabe para onde vai o dinheiro dos seus investimentos?

Fomentar negócios de impacto social está mais acessível para investidores que buscam ressignificar carteira

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Leonardo Letelier

CEO e fundador da Sitawi Finanças do Bem, pioneira no desenvolvimento de soluções financeiras para impacto social

Eduardo Amuri

Especialista em finanças pessoais

Associamos o sucesso a pessoas que têm muito dinheiro acumulado. Mas quando ganhamos clareza sobre nossas necessidades financeiras, passamos a ter uma relação mais saudável com o dinheiro, e assim, começamos a questionar como o utilizamos no dia a dia.

Compramos carros, geladeiras, roupas, pagamos boletos de aluguel, da conta de luz, do plano de saúde e, se já temos um dinheirinho —não precisa ser um dinheirão— guardado, passamos a investir e, assim, um novo universo se inicia.

homem de blusa branca e jaqueta bege, com calça jeans, posa sorrindo em frente a um grupo de pessoas que trabalha em um escritório
CEO da Sitawi Finanças do Bem - Divulgação Sitawi

Nesta nova jornada, é comum que surjam dúvidas. Em nossa experiência como especialistas em finanças, um desses questionamentos tem sido: Para onde vai o dinheiro que invisto?

O sistema financeiro se apresenta de maneira complexa para a maioria dos mortais, com seus fundos de investimento, CDBs, cotas de diferentes nomenclaturas.

A consequência é que quando investimos dinheiro, resultado de nosso tempo e nossas capacidades, acabamos nos desconectando da ponta, ou seja, não sabemos quem, de fato, vai receber o dinheiro e para qual fim será usado. Ou mesmo se os recursos colaborarão para um eventual impacto socioambiental positivo na sociedade. Paramos de pensar em onde nosso dinheiro “dorme”.

Não é necessário fazer esforço adicional para que o mundo das estruturas financeiras padronizadas continue existindo e que o investidor comum siga sem o entendimento sobre a aplicação de sua grana.

Mas há um mundo de possibilidades, incluindo investimentos diretos em agentes econômicos que geram diretamente emprego e renda, conhecido como peer-to-peer lending, que é um empréstimo direto entre investidor e empreendedor.

Essa modalidade de estrutura financeira personalizada possibilita que a relação entre investidor e tomador de empréstimo seja mais direta e transparente. Assim, fomentar negócios do bem é cada vez mais acessível para investidores que buscam ressignificar suas carteiras de investimento.

Para toda opção de investimento há um nível de risco e rentabilidade atrelada à característica daquela modalidade. Ao longo dos anos temos olhado apenas para essas duas dimensões do investimento —risco e rentabilidade— e trata-se de um olhar bidimensional e limitado.

No mundo do investimento de impacto, as aplicações passam a ser tridimensionais, atrelando às dimensões risco e rentabilidade um terceiro pilar: o impacto. Ele representa a mudança positiva que o recurso investido traz para o tomador do empréstimo e para a comunidade em seu entorno. E esse tripé deve fazer sentido para o investidor.

O que está por trás dessa escolha é que consumir, doar e também investir são atos sociais e políticos, capazes de representar características pessoais dos investidores, reforçando a forma como nos posicionamos na sociedade, como nos enxergamos e impactamos o mundo.

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