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Uniformes da FedEx se tornam cobertores para moradores de rua e animais em abrigos

Processo de descarte correto gerenciado pela Retalhar alcançou recorde de 7.000 unidades

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São Paulo

Uniformes de funcionários da FedEx Express são agora cobertores para aquecer pessoas em situação de rua e animais em abrigos para adoção. Mais de quatro toneladas de tecido coletadas pela empresa em filiais pelo país tiveram sua destinação qualificada pela Retalhar, negócio de impacto social com sede em São Paulo.

Foram 7.000 cobertores produzidos, dos quais 2.100, de tamanho e espessura menores, são destinados aos pets. O número simboliza um recorde de produção da transportadora, que foi a primeira empresa a validar a ideia da Retalhar, em 2015, transformando seu passivo ambiental em ativo social.

Quem recebe as cobertas são organizações que atuam com pessoas em situação de vulnerabilidade social, como o Exército de Salvação, e a União Internacional Protetora dos Animais, no caso da destinação aos abrigos de animais.

Para Jonas Lessa, fundador da Retalhar, empresa B certificada, a gestão empresarial de resíduos está na agenda do dia de companhias interessadas em melhores práticas sociais, ambientais e de governança –o tão falado ESG.

“Foi assim com logística reversa, depois economia circular, agora ESG”, afirma. “Vem crescendo o número de empresas que vinculam bônus de seus executivos a metas socioambientais, incorporando as três letrinhas na remuneração."

Na FedEx, isso significa conectar pessoas e possibilidades. “Ao reciclar uniformes, transformando-os em cobertores, conseguimos impactar positivamente o meio ambiente e a comunidade local”, diz Gustavo Kornitz, diretor de marketing da FedEx Express no Brasil.

“Temos orgulho deste programa e, especialmente neste ano, devido aos reflexos da Covid-19 na sociedade, nos sentimos ainda mais realizados em poder ajudar aqueles que precisam”, completa.

Jonas Lessa conta que, durante a pandemia, a Retalhar ganhou frentes de consultoria e desenvolvimento de novos produtos.

Antes, o uniforme chegava e a equipe “se virava” para minimizar o impacto negativo. Agora, há abertura para ajudar as empresas a gerir todo o processo de descarte das peças. “Influenciamos a gestão no desenho dos uniformes, na escolha de materiais e de fornecedores”, diz Lessa.

Os uniformes antigos da FedEx ganharam nova vida no processo de reaproveitamento. Primeiro foram descaracterizados, depois triturados, desfibrados e, finalmente, transformados em cobertores.

Desde 2015, a ação rendeu 8.125 cobertores –uma parte dos 56 mil produzidos pela Retalhar desde sua fundação.

Tendo em vista o elevado número de moradores em situação de rua na cidade paulistana, o negócio de impacto lançou neste mês uma campanha em parceria com o Instituto Ninho Social. Com a doação de pessoas físicas, a Retalhar vai recuperar resíduos têxteis que serão distribuídos pelo instituto.

“Muitos dos nossos clientes optam por pagar pela destinação correta do resíduo”, diz Lessa. “Essa foi uma alternativa para transformar esses resíduos em cobertores, abrindo canal para pessoas físicas.”

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