A cidade de São Paulo vai sediar, em 2022, um evento dedicado a construir pontes entre culturas da favela e do asfalto por meio do empreendedorismo. Criado pela Favela Holding, de Celso Athayde, com apoio da Central Única das Favelas (Cufa), o ExpoFavela está previsto para abril no complexo empresarial World Trade Center.
Serão três dias de programação com palestras, exposições, espaços de debate, cursos e iniciativas voltadas a empreendedores. Um desfile de moda e um festival literário também estão na agenda.
Com público estimado em 15 mil pessoas, cumprindo regras sanitárias contra a Covid-19, o ExpoFavela deve abranger ainda tecnologia, gastronomia e games. Os ingressos serão comercializados a partir de janeiro de 2022.
"As oportunidades estão em todas as partes e, para construir respostas de forma coletiva, precisamos interagir", afirma Celso Athayde, CEO da Favela Holding, conjunto de empresas que buscam desenvolvimento de territórios periféricos e seus moradores.
"Será um encontro histórico, uma nova maneira de olharmos para as favelas e suas realizações", completa.
Segundo levantamento do Data Favela, 77% da população brasileira pertence às classes CDE e a baixa renda movimenta R$ 1,7 trilhão por ano no país. Só no Estado de São Paulo são pelo menos um milhão de domicílios em territórios vulneráveis.
Para Fernando Guinato, executivo do World Trade Center, o evento é uma oportunidade de mostrar a potencialidade das periferias em um espaço nobre de São Paulo. "O lugar da cultura da favela é em todos os lugares, inclusive aqui."
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