Levantamento indica falta de orientação e de recursos como desafios de empreendedores sociais

Sair do estágio inicial e atrair investimento são entraves para quem busca gerar impacto positivo na sociedade

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Sair do estágio inicial e atrair investimento são desafios apontados por empreendedores brasileiros que atuam com impacto social. Levantamento feito pela AGO Social mapeou as principais dificuldades de negócios em estágio inicial ou em fase madura em 74 cidades do país.

Entre os meses de junho e julho, 158 empreendedores sociais de 20 estados foram consultados. O questionário dividiu os participantes em duas categorias: negócios em estágio inicial ou em idealização; e negócios em operação há pelo menos seis meses ou mais maduros, em fase de consolidação e expansão.

Dos 80 negócios em fase inicial, 51% relataram ter dificuldade em conhecer ferramentas que permitam tirar a ideia do papel e receber orientações para saber se estão no caminho certo.

“O sentimento de insegurança é comum nesta etapa, por isso, é fundamental ter uma rede de contatos e abrir relacionamentos para aprender com a experiência de outros empreendedores", diz Alexandre Amorim, cofundador da AGO Social, negócio que atua nas áreas de investimento, formação e conexões para o ecossistema de impacto.

tres homens
Alexandre Amorim, Luiz Ribas e Diego Moreira foram vencedores do Prêmio Empreendedor Social de Futuro em 2015 à frente da Asid - Associação Social para Igualdade das Diferenças - Renato Stockler / Na Lata

Para 65% dos 78 empreendedores cuja iniciativa está em fase mais madura, a principal dificuldade é atrair investidores.

Os participantes destacaram compra de equipamentos, desenvolvimento de plataformas digitais e criação de estratégias de marketing como atividades que demandariam recursos financeiros. Mas a maioria não soube dizer de que maneira aplicaria um possível aporte.

“Percebemos que muitos deles não expressaram de maneira clara e quantitativa como o investimento seria utilizado e como se reverteria em expansão de impacto. Isso, certamente, diminui as chances de conseguir apoio”, afirma Amorim.

Para ajudar empreendedores sociais que enfrentam esses e outros desafios, a AGO Social criou o programa Empreendedorismo Social na Real, com inscrições até 12 de agosto e bolsas de estudo parciais e integrais.

São oito semanas de aulas sobre inovação social, pensamento empreendedor, viabilidade financeira, avaliação e investimento de impacto.

A condução é feita por especialistas como Matheus Cardoso (Moradigna), Juliana Mitkiewicz (Lab Cidades/Insper), Gustavo Fuga (4YOU2), Orlando Nastri (Instituto Votorantim) e Lina Maria Useche (Aliança Empreendedora).

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.