O estoque de sangue em diversos hemocentros paulistas está em situação de emergência. Segundo a Fundação Pró-Sangue, que atende mais de cem hospitais no estado, os tipos O+, O-, A-, B+ e B- garantem o abastecimento por menos de um dia.

A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e a Associação Brasileira de Talassemia (Abrasta), que apoiam pessoas com doenças do sangue, promovem campanha para incentivar a doação.

A reposição frequente é necessária para tratar anemias crônicas, nos procedimentos de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves.

"A cada doação, quatro pacientes são ajudados", diz Catherine Moura, médica sanitarista e CEO da Abrale. "Doar sangue é um ato de solidariedade, é gratuito, indolor e seguro."

Como e onde doar sangue

A Pró-Sangue tem seis postos de coleta em São Paulo, Guarulhos, Osasco e Barueri. Todas as bolsas coletadas são enviadas ao Hospital das Clínicas de São Paulo, onde são fracionadas e distribuídas aos hospitais da rede pública estadual e demais instituições abastecidas pela fundação.

Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos. Para menores de 18, é necessário o consentimento dos responsáveis.

O doador precisa pesar mais de 50kg e levar documento de identidade original, com foto recente. É recomendado ligar no hemocentro ou ponto de coleta mais próximo para agendar o horário e evitar aglomerações.

Quem teve Covid-19 pode doar sangue depois de dez dias da recuperação.