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Clínicas privadas brasileiras começam a receber vacinas da AstraZeneca contra Covid

Previsão do setor é que imunização na rede privada custe até R$ 350 por dose

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São Paulo

Clínicas privadas já começaram a receber, nesta segunda-feira (30), o imunizante da AstraZeneca, que deve ser comercializado em uma faixa de R$ 300 a R$ 350 por dose. A informação é da ABCvac (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas).

Segundo a entidade, a vacina é igual à aplicada na rede pública, tendo sido importada diretamente da fabricante —apenas as embalagens são diferentes. A associação não soube informar quando a aplicação para o público em geral vai começar de fato no país, já que a decisão cabe a cada clínica.

Vacina da AstraZeneca, imunizante que passa a ser vendido em clínicas particulares pelo Brasil
Vacina da AstraZeneca, imunizante que passa a ser vendido em clínicas particulares pelo Brasil - Adriano Machado/REUTERS

A ABCvac afirma ainda que o preço de cada dose leva em conta os custos com logística, armazenamento, seguro e aplicação. A associação diz que a expectativa é de que, até o fim desta semana, doses desembarquem em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.

A AstraZeneca afirma que possui cerca de 2 milhões de doses disponíveis para a rede privada, sendo que 1 milhão já chegou e está sendo distribuído. O restante deve chegar nos próximos meses.

No dia 22 de abril, o governo de Jair Bolsonaro (PL) anunciou o fim da emergência sanitária no país. Pela regra, 30 dias após a decisão, clínicas e empresas privadas passaram a poder adquirir vacinas contra a Covid-19 sem necessidade de doação ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Até então, a rede particular já poderia adquirir os imunizantes contra a Covid, mas era a obrigada a doar tudo para o sistema público.

De acordo com uma nota publicada no site da ABCvac, a aplicação particular da terceira dose pode ser feita em qualquer pessoa acima de 18 anos, independentemente do esquema primário, desde que tenha um intervalo de pelo menos quatro meses da segunda dose.

A ABCvac havia informado, na tarde de segunda-feira (30), que pessoas acima de 18 anos com intervalo de quatro meses da terceira dose estariam elegíveis para receber a quarta dose com a apresentação de uma prescrição médica.

Porém, horas depois, a associação informou que pacientes que não são elegíveis pelo PNI (Programa Nacional de Imunização) para quarta dose devem aguardar a aprovação das sociedades médicas.

Segundo médicos e pesquisadores, ainda são necessários novos estudos para saber se a aplicação de uma quarta dose na população em geral de fato traz vantagens no combate à Covid.

Pessoas acima de 18 anos que não receberam nennhuma dose também podem se vacinar na rede particular.

"Cada paciente deve entrar em contato com sua clínica de confiança, se informar e fazer agendamento conforme a disponibilidade de doses, pois os frascos, após abertos, têm 48 horas de validade. Dessa forma, deve haver um planejamento para não haver desperdício."

Mesmo que aplicadas por clínicas particulares, as vacinas devem ser registradas no programa de informações do ConecteSUS. Por enquanto, apenas a AstraZeneca sinalizou disponibilidade para o setor privado.

Em nota, a associação conclui que espera que "com o passar do tempo e o controle total da pandemia, a vacina de Covid venha a se tornar uma vacina de rotina, como a de gripe. Acreditamos que em algum momento haverá um estreitamento da faixa etária e grupos vacinados pelo PNI, e, assim, as clínicas atuarão como complemento e para aqueles não elegíveis, como já acontece na vacina de gripe."

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