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A professora do curso mais popular da Universidade Yale ensina 5 exercícios que te farão mais feliz

Laurie Santos é a professora da famosa aula de psicologia e boa vida | Foto: Schirin Rangnick / Universidad de Yale
Laurie Santos é a professora da famosa aula de psicologia e boa vida | Foto: Schirin Rangnick / Universidad de Yale - BBC/Schirin Rangnick

"A ciência nos mostrou que ser feliz requer um esforço intencional", diz a psicóloga Laurie Santos.

"Não é fácil, você tem que dedicar tempo", diz ela em entrevista à BBC Mundo, o serviço espanhol da BBC.

A americana, que tem ascendentes vindos de Cabo Verde, é professora na Universidade Yale em New Haven, nos Estados Unidos, onde dá aula de "psicologia e boa vida".

Com mais de 1.200 alunos matriculados, seu curso se tornou recentemente o mais popular nos três séculos da história de Yale.

Santos baseia sua didática na psicologia positiva, que é a área responsável por estudar a felicidade.

"A psicóloga Sonja  Lyubomirsky  compara ser feliz com aprender a tocar violino ou a se tornar um astro do futebol", diz Santos. "Não é algo que você simplesmente possa fazer. Tem que praticar para ser cada vez melhor".

Com base nessas premissas, Santos ensina seus alunos a "hackear-se", isto é, reprogramar os próprios hábitos para conquistar uma vida mais saudável e satisfatória.

Estas são algumas das tarefas que os alunos de Santos têm de cumprir para tentar ser mais felizes:

1. A lista da gratidão

Durante uma semana, todas as noites, os alunos devem escrever as coisas pelas quais eles se sentem gratos.

Professora orienta seus alunos a escreverem as coisas pelas quais são gratos e diz que eles tendem a ser mais felizes com o tempo
Professora orienta seus alunos a escreverem as coisas pelas quais são gratos e diz que eles tendem a ser mais felizes com o tempo - BBC/Getty Images

Então eles criam sua lista da gratidão, com agradecimentos a pessoas e instituições e reconhecendo as próprias conquistas pessoais ou experiências de vida.

"Parece bem simples, mas vimos que aqueles que fazem este exercício regularmente tendem a ser mais felizes", diz Santos.

2. Dormir mais e melhor

Segundo Santos, esse exercício é muito difícil para seus alunos, já que em Yale eles devem cumprir uma grande quantidade de tarefas.

Professora desafia seus alunos a dormirem 8 horas por noite durante uma semana
Professora desafia seus alunos a dormirem 8 horas por noite durante uma semana - BBC/Getty Images

O desafio é dormir 8 horas por noite por uma semana.

"Parece bobo, mas sabemos que o aumento do sono diminui a depressão e aumenta a atitude positiva", diz Santos.

3. Meditar

A tarefa consiste em meditar 10 minutos por dia.

Santos explica que os estudos mostram que a meditação e outras práticas que aumentam a atenção plena podem ajudá-los a ser mais felizes.

4. Mais tempo para compartilhar com a família e amigos

Santos também menciona que a pesquisa mostrou que as coisas que normalmente trazem felicidades têm a ver com relacionamentos interpessoais e conexões sociais.

"Tenha tempo para estar com seus amigos e sua família, aproveitar o momento, estar consciente e conhecer o mundo", afirma.

Pesquisa revelou que riqueza está mais relacionada com o tempo que a pessoa tem do que com o dinheiro
Pesquisa revelou que riqueza está mais relacionada com o tempo que a pessoa tem do que com o dinheiro - BBC/Getty Images

"Muitas vezes, relacionamos a riqueza com a quantidade de dinheiro que temos", explica Santos, "mas a pesquisa mostrou que o sentimento está mais relacionado com quanto tempo você tem".

"Se você está sacrificando seu tempo para trabalhar mais e ganhar mais dinheiro, isso não é um bom comportamento. Seria melhor aumentar a quantidade de tempo livre que você tem", conclui a professora.

5. Menos redes sociais e mais conexões reais

Para Santos, também é importante não se deixar enganar pelas sensações de satisfação oferecidas pelas redes sociais.

Professora diz que as redes sociais não estão nos deixando tão felizes quanto pensamos
Professora diz que as redes sociais não estão nos deixando tão felizes quanto pensamos - BBC/Getty Images

"A pesquisa mostra que as pessoas que mais usam redes, como o Instagram, tendem a ser menos felizes do que aquelas que as usam menos. Isso significa que essas redes sociais não estão nos tornando tão felizes quanto pensamos".

Aparentemente, o grau e a profundidade da interação nessas plataformas não supre a necessidade de sociabilidade, além de consumir tempo que poderia ser mais bem empregado com outras atividades que também produzem felicidade.

"Você precisa se desconectar das redes sociais e dormir um pouco mais", sugere Santos.

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