Fui diagnosticada com DMRI (doença macular relacionada à idade). O que devo fazer? Existe tratamento definitivo ou posso perder a visão
S.C.
A DMRI costuma atingir pessoas com mais de 60 anos e é um pouco mais frequente em mulheres. A causa da doença ainda é desconhecida, porém, pele e olhos claros, histórico familiar e o tabagismo aparentemente influenciam a condição.
Quem tem a doença pode ter dificuldade para ler, reconhecer rostos, assistir filmes e ver TV, afirma Mário Motta, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e especialista em retina.
Pessoas afetadas pela doença não chegam a ficar cegas a visão periférica permanece, mas têm a parte central da retina (a mácula) alterada. A área é responsável pela visualização de cores e detalhes.
A doença pode ser dividida em dois subgrupos. A DMRI seca, mais comum e com evolução lenta. E a DMRI úmida, em que ocorrem vasos anormais (inclusive com a possibilidade de sangramentos) ou acúmulo de líquido na mácula. No subtipo úmido, a deterioração da visão é mais veloz.
Não existem tratamentos para a forma seca da condição, contudo, combinações de compostos com vitaminas A e E, selênio, luteína e ômega 3, podem retardar o avanço da doença em cerca de 25% dos casos (com uso das substâncias por quatro anos). Além disso, também podem ser usadas alguns tipos de lentes especiais para compensar os danos à visão.
Já a forma úmida pode ser tratada com antiangiogênicos, medicamentos que possibilitam a regressão dos vasos e são aplicados em doses nos olhos. O tratamento costuma ter sucesso em evitar mais danos e na recuperação da mácula.
Segundo Motta, outras alterações podem simular uma DMRI, então, em casos de diagnóstico da doença é importante procurar um retinólogo.
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