Não. Uma mensagem acompanhada de uma planilha de valores de pagamentos mensais do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) diz que os conselheiros da entidade teriam poder e motivação para criar inquéritos contra outros médicos, já que seriam remunerados por isso.
O órgão diz, em nota, que as denúncias são instauradas apenas com a identificação completa do denunciante, com a descrição dos fatos e com a identificação do médico denunciado, na presença de provas documentais. Como não há denúncias anônimas, não seria possível inventá-las ou fabricá-las. As denúncias são recebidas também do Ministério Público, da imprensa e de instituições, como o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), entre outros.
As denúncias são avaliadas por um colegiado e, se consideradas procedentes, transformam-se em processos éticos-profissionais, julgados por um colegiado. As remunerações mostradas na planilha, que chegam a superar os R$ 30 mil por conselheiro por mês, totalizam anualmente uma despesa de R$ 10 milhões. Os valores pagos aos médicos, diz o Cremesp, têm limites mensais estabelecidos pela Resolução CFM nº 2.175/2017 e remuneram o comparecimento dos conselheiros em sessões plenárias, reuniões de diretoria e atividades judicantes.
O órgão diz que divulga suas despesas em seu site. “O Cremesp repudia, ainda, as tentativas de macular a imagem e a história de profissionais honestos, bem como enlamear a entidade com informações levianas, típicas de um período eleitoral que o órgão está atravessando. Alguns concorrentes tentam, inescrupulosamente, agir com ética questionável a fim de atingir seu objetivo maior: o poder”, conclui a nota.
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