Alface contaminada preocupa americanos no Dia de Ação de Graças

Mais de 30 pessoas em 11 estados americanos foram contaminadas por uma variante da bactéria E.coli

Júlia Zaremba
Washington

Às vésperas do Dia de Ação de Graças, o CDC (Centro para o Controle e Prevenção de Doenças) e a FDA (agência que regula alimentos e medicamentos) emitiram um alerta para que consumidores dos Estados Unidos não comprem ou consumam alface romana. 

O aviso foi divulgado na terça (20) após 32 pessoas em 11 estados americanos terem sido contaminados por uma variante perigosa da bactéria E.coli (Escherichia coli) em outubro. Treze delas foram hospitalizadas e uma teve falência nos rins. Também foram registrados 18 casos semelhantes nas províncias de Ontário e em Quebec, no Canadá.

A bactéria é encontrada em comidas, no intestino humano e de animais e no ambiente. Chegam até os alimentos por meio de fezes de animais ou água contaminada, por exemplo. A maior parte de suas variantes são inofensivas, mas alguns tipos podem causar diarreia, infecção urinária, problemas respiratórios e pneumonia, entre outros problemas. 

A fonte do surto está sob investigação. A suspeita é de que tenha começado na Califórnia, de onde vieram boa parte das alfaces romanas à venda nos supermercados. Foi lá que ocorreram mais contaminações: dez. Michigan, Nova Jersey, Nova York e Massachusetts foram alguns dos outros lugares com casos. 

As agências sanitárias ainda não solicitaram um recall obrigatório do alimento das prateleiras, já que as apurações ainda estão em andamento. A orientação é para que as pessoas lavem e desinfetem as áreas onde a alface foi armazenada. 

O caso já é o segundo do tipo ocorrido nos Estados Unidos neste ano. Entre março e junho, cinco pessoas morreram e mais de 200 ficaram doentes em 36 estado americanos após consumirem alfaces romanas contaminadas com a bactéria. Um canal com água contaminada em uma área agrícola de Yuma, no Arizona, foi a fonte do surto. 

Foi a pior epidemia no país desde 2006, quando três pessoas morreram e mais de 200 adoeceram por causa de espinafre contaminado. 

No fim do ano passado, folhas verdes contaminadas mataram uma pessoa e causaram mal-estar em mais de 20. A variante da bactéria deste caso é a mesma do surto que teve início no último mês.

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