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Como gostar de salada?

Especialistas recomendam experimentar novos alimentos e testar diferentes preparações

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São Paulo

Estamos em janeiro, época em que proliferam as resoluções do tipo “neste ano vou me alimentar melhor, vou comer mais salada”. Mas na hora de cumprir a promessa são outros quinhentos. Como passar a amar cenoura, alface, rabanete e cia?

Segundo profissionais ouvidos pela Folha, o primeiro passo é a disposição para tentar. “A gente sempre pergunta por que a pessoa quer fazer essa mudança —e explica que ela é possível. Se persistir, o paladar vai mudar e ela pode, sim, gostar de saladas”, afirma a nutricionista Alessandra Hellbrugge.

Salada de endívia
Salada de endívia - Divulgação

Uma das dicas de Hellbrugge é inserir um ingrediente por vez, testando combinações. E, segundo ela, a salada não precisa ser sem graça. Alguns temperos e molhos feitos em casa podem melhorar bastante a palatabilidade, como mostarda com mel, limão, vinagrete  e pesto. Salsinha, cebolinha e manjericão também levantam o paladar sem precisar apelar para os molhos industrializados. Iogurte também pode ser uma boa.

A nutricionista Vânia Escórcio recomenda que aqueles que nunca tiveram muito amor por verduras e legumes aumentem a frequência da salada na dieta aos poucos: primeiro três vezes na semana, depois cinco e, por fim, sete —o ideal. 

Para começar, as escolhas devem ser aquelas menos estranhas ao paladar, como alface, tomate, pepino e cenoura ralada. Aos poucos, podem ser inseridas opções como rúcula, brócolis, aspargo, agrião, berinjela, a fim de fugir da monotonia.

“O ideal é deixá-las o mais colorido possível, já que o visual estimula o apetite”, diz Escórcio. “Não se pode esquecer de consumir as saladas mesmo quando a rotina mudar, principalmente em eventos”, afirma.

Uma das estratégias para montar um bom prato de salada é ter em mente que alguns itens podem ser comidos mais livremente (alimentos ricos em água e pouquíssimo calóricos, como alface e pepino) e outros nem tanto (como abóbora, beterraba, cenoura, mais calóricos), conta Hellbrugge

Alguns itens podem dar outra cara ao prato. Frutas como manga e maçã podem entrar na combinação, caso sejam do agrado (sempre vale a pena tentar três vezes antes de dizer que não gosta de determinado ingrediente). Outra opção são sementes (de girassol e abóbora, por exemplo), além de castanhas e torradas (com moderação). 

Carnes também podem entrar na jogada. Filé de frango, salmão, atum e lagarto (assado ou na forma de carpaccio) combinam com salada de folhas e quase todo tipo de legume. Aí a salada é promovida de entrada para prato principal.

A coach de emagrecimento Beatriz Grantham lembra que mesmo entre as folhas há grande variedade para testar: couve, acelga, endívia, repolho verde, repolho roxo… e que há várias maneiras de se preparar legumes. A abobrinha, por exemplo, pode ser comida ralada e crua, pode virar espaguete e ser cozida, ser refogada com cebola e shoyu ou recheada com carne moída e assada. “É assim para quase todos os legumes”, diz Grantham.

Ela lembra que o paladar pode ser treinado: pessoas com uma dieta rica em açúcar, por exemplo, tendem a sentir menos o doce dos alimentos. Algumas semanas de mudança de hábitos alimentares, no entanto, são suficientes para restaurar a capacidade de apreciar os sabores. 

Para garantir que a salada seja de baixa caloria —adequada para uma dieta de emagrecimento, por exemplo— o ideal é fugir de itens ricos em carboidrato como macarrão, batata, batata doce, mandioca e pães. 

Força, que vai dar certo.

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