Se você curtiu bem o verão e teve como resultado uma mancha de pele, vá a um dermatologista. Pode ser o tipo de mancha mais comum na pele, que se chama melasma, ou, em casos mais graves, sinal de câncer, afirma Paulo Ricardo Criado, médico da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
O melasma aparece com o aumento da produção da melanina, pigmento que define a cor da pele. De modo geral, a mancha é causada pela exposição sem proteção tanto ao sol quanto à luz visível —como as lâmpadas brancas de ambientes fechados.
O tratamento dessas manchas costuma ser feito com cremes ou géis elaborados com ingredientes como hidroquinona, derivados de ácido retinoico e outros ácidos com poder clareador.
Como são medicamentos sensíveis, que podem causar reações alérgicas, vermelhidão e até piorar as manchas, é essencial ter acompanhamento médico e indicação de tratamento para seu tipo de pele.
O melasma é mais frequente em mulheres e tem relações com genética e fatores hormonais. O estímulo hormonal da gravidez, por exemplo, acaba levando ao aparecimento das manchas.
A pigmentação pode ser tanto superficial quanto mais profunda, o que dificulta o tratamento.
“Além do componente da pigmentação, há também um componente vascular, mais sensível à luz visível. A 'pedra fundamental' é a proteção solar adequada”, diz Criado.
Segundo o dermatologista, para quem trabalha em ambientes fechados o ideal é passar protetor pelo menos de manhã e na hora do almoço. Já para ambientes abertos, o ideal é passar a cada 2h.
“O verão não é uma época adequada para tratar essas manchas, porque mesmo que você não vá se expor de forma recreativa, a caminhada sob o sol já é suficiente para manchar a pele”, diz o especialista da SBD.
A exposição inadequada após o início do tratamento pode, inclusive, repigmentar a mancha, afetando o andamento do tratamento.
“As pessoas também devem evitar tratamentos caseiros”, diz Criado. “Tudo que queremos resolver rapidamente pode acabar se agravando ao invés de melhorar.”
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