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Como tratar o xixi na cama?

Falta de controle é normal até 5 anos; treinamentos comportamentais podem ajudar

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São Paulo

Pais, não se aflijam: o xixi na cama é considerado normal até os cinco anos. Cerca de 15% das crianças até essa idade molham a cama durante a noite. 

Até o presidente Jair Bolsonaro (PSL) admitiu que sofreu do problema. "Não posso [me arrepender das declarações polêmicas em toda a carreira política]. Vou me arrepender que fiz xixi aos cinco anos na cama? Saiu, pô", disse, em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto no dia 5 de abril.

Especula-se que o xixi fora de lugar depois dos cinco anos esteja relacionado à maturação mais lenta da parte do sistema nervoso responsável pelo controle da urina, segundo Nilzete Bresolin, presidente do departamento de nefrologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

Criança deitada em cama; ao lado, há um abajur
É normal que crianças até os cinco anos não tenham pleno controle do xixi - Karime Xavier/Folhapress

Depois dessa idade, porém, o problema recebe o nome de enurese noturna e merece mais atenção.

Crianças com pais que tiveram a condição na infância têm mais chances de desenvolvê-la. Quem tem sono muito profundo também costuma ter dificuldade de perceber a bexiga cheia.

Há medidas comportamentais (a chamada uroterapia) que podem ajudar, como evitar o consumo exagerado de água e levar a criança para fazer xixi antes de dormir e ao acordar.

Ao mesmo tempo, para ensinar o controle à criança, os pais podem deixá-la de fralda durante o dia, mas avisar que a cada três horas a levarão ao banheiro para fazer xixi. 

"É como aprender a andar de bicicleta, colocar rodinhas e depois tirar", diz Bresolin.

De toda forma, é importante consultar um pediatra. Caso haja mais sintomas além do escape de urina —como molhar as roupas durante o dia, problemas intestinais e neurológicos— uma investigação mais detalhada e outros tipos de tratamentos podem ser necessários. 

Em alguns casos, até mesmo hormônios podem ser indicados, considerando que os escapes de urina podem estar relacionados a uma quantia inadequada do hormônio antidiurético.

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