Descrição de chapéu Saúde responde

Tenho endometriose. Posso engravidar? A doença tem cura?

A atriz Giovanna Ewbank, que já operou devido à doença, anunciou nesta quarta (18) que será mãe

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Nesta quarta (18), Giovanna Ewbank anunciou por suas redes sociais que está grávida. A atriz já foi operada para tratar endometriose

Mas é possível engravidar mesmo com endometriose?

A boa notícia é que sim, é possível ficar grávida mesmo com a condição.

Na endometriose, o endométrio (tecido que reveste o útero) avança por outros órgãos, como ovários, bexiga e até intestino. Em casos raros, o tecido pode chegar até mesmo no pericárdio, a membrana que reveste o coração.

Família Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank
Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank com os filhos Titi e Bless - Instagram/@gio_ewbank

A doença, que atinge entre 10% e 15% das mulheres, pode causar dores intensas, cólicas, alterações urinárias ou intestinais e dores durante o sexo.

Além disso, é comum haver dificuldade para engravidar, o que pode ser explicado pela dificuldade para ovular e de transportar o óvulo na tuba uterina. Também pode haver obstrução tubária por aderência e dificuldade de fixação do embrião no útero. 

"Se com tudo isso a mulher engravida, ela tem maior chance de abortar", afirma Maurício Abrão, professor de ginecologia da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Mesmo assim, segundo o especialista, a chance de conseguir engravidar após o tratamento é muito grande. E nem sempre o tratamento precisa ser cirúrgico. 

"Se a dor é muito relevante e a paciente tem uma endometriose importante, o tratamento cirúrgico é a principal alternativa terapêutica", diz Abrão.

Mas há outras possibilidades (como o uso de contraceptivos hormonais) que variam com a idade, sintomas e situação da doença.

Durante a gravidez, deve haver acompanhamento de perto pelo médico, devido à maior chance de aborto no primeiro trimestre e problemas como sangramentos e prematuridade. 

Abrão diz que, quando a doença é bem tratada, as chances de recaída são pequenas, mas que é necessário sempre ter um acompanhamento do quadro.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.