O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou neste sábado (25) que a epidemia da pneumonia viral que já matou 41 pessoas está se acelerando e coloca a China em uma situação grave. Ele pediu o fortalecimento da autoridade do regime comunista.
Xi Jinping afirmou também que a China pode vencer a batalha contra o novo coronavírus durante uma reunião do comitê permanente do Bureau Político do Partido Comunista, a instância de sete membros que administra o país, segundo a agência de notícias oficial Xinhua.
"Dada a grave situação de uma epidemia que se acelera, é necessário fortalecer a liderança centralizada e unificada do Comitê Central do Partido", afirmou.
Neste sábado, o governo chinês anunciou que irá suspender todas as viagens de chineses para o exterior. A partir de segunda (27), as agências de viagem não poderão vender reservas de hotéis ou viagens para grupos, segundo a emissora estatal CCTV.
A associação de agências de viagens da China afirmou que grupos com viagens turísticas em andamento podem continuar a seguir o itinerário previsto, mas devem ficar atentos à saúde dos viajantes.
O governo de Pequim, por sua vez, anunciou que irá interromper todas as viagens de ônibus que circulam entre províncias a partir deste domingo (26).
O novo coronavírus, que apareceu em dezembro no centro do país, contaminou 1.300 pessoas na China, das quais ao menos 41 morreram, e se espalhou para vários países, como Austrália, França, Estados Unidos e vários países asiáticos.
Na segunda-feira passada, em suas primeiras declarações, o chefe do Estado chinês pediu medidas para parar a epidemia.
Na quinta-feira a cidade de Wuhan, epicentro da epidemia, e sua região foram colocadas em quarentena. Desde então, 56 milhões de chineses foram isolados em áreas das quais não podem sair até novo aviso.
Para conter a disseminação do vírus, a cidade chinesa de Wuhan, considerada o epicentro da epidemia do coronavírus, construirá um segundo hospital em duas semanas para tratar os pacientes infectados. As informações foram divulgadas por um veículo estatal chinês.
O novo centro, de acordo com a agência, terá 1.300 leitos, que se somarão aos outros 1.000 de um primeiro hospital de emergência, cuja construção em 10 dias foi anunciada nesta sexta (24) —a previsão é de que seja inaugurado em 3 de fevereiro.
O governo chinês também adotou medidas como restrições de tráfego em Wuhan, alerta máximo em Hong Kong e verificações sistemáticas nos transportes de norte a sul.
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