Filipinas registram primeira morte pelo novo coronavírus fora da China

Vítima é um chinês de 44 anos de Wuhan, o epicentro da doença

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São Paulo

As Filipinas anunciaram neste domingo (2) o primeiro caso de morte pelo novo coronavírus fora da China. A vítima é um chinês de 44 anos de Wuhan, centro industrial na província chinesa de Hubei que é o epicentro da doença. Ele foi o segundo caso da doença confirmado nas Filipinas. 

O homem morreu no sábado (1º). Ele estava internado em um hospital de Manila desde o dia 25 de janeiro, quando apresentou um quadro de pneumonia. Melhorou nos dias seguintes e chegou a ficar estável, mas o quadro piorou nas últimas 24 horas. 

Um policial mascarado e de jaleco branco checa a identidade de um passageiro mascarado vestido todo de preto
Policial ferroviário pede identificação de passageiro na estação de Zhengzhou Este, que reforçou as medidas da segurança para prevenir que o coronavírus se espalhe durante a alta temporada do Festival de Primavera - Xinhua/Li An

A Comissão de Saúde Pública de Hubei registrou 45 novas vítimas fatais neste fim de semana. A doença já matou 304 pessoas na China e ao menos 14.380 pessoas foram infectadas pelo vírus.

 
Na quinta-feira (30), a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou que o novo coronavírus é uma emergência de saúde internacional. Com isso, a entidade reconheceu que o vírus representa um risco não só na China, onde ele surgiu no fim de 2019, mas no mundo todo. 
 
Muitos países optaram por fechar as fronteiras com a China e impor medidas restritivas para a circulação de pessoas.
 

A Austrália anunciou no sábado (1º) que não irá permitir não residentes oriundos da China entrem no país. Outros países, como Itália, Singapura e Mongólia, tomaram precauções similares. 

 
Na América Latina, os governos de El Salvador e Guatemala proibiram a entrada de qualquer pessoa proveniente da China em seus territórios. 

O Brasil não tem nenhum caso confirmado da infecção, mas a epidemia no mundo já causou uma corrida por máscaras descartáveis em São Paulo. 

O governo chinês estendeu o feriado do Ano-Novo em três dias, até 2 de fevereiro, numa tentativa de retardar a propagação do vírus. Milhões de chineses costumam viajar durante o feriado, mas muitos tiveram que cancelar os planos devido ao surto. 

A China anunciou a construção emergencial de dois hospitais para receber casos de coronavírus. Um dos prédios terá capacidade para 1.000 leitos, o outro suportará até 1.300.

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