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Depoimento: Correria o risco de pegar Covid-19 para não perder a visão

Após exames de urgência, operação para catarata e buraco na mácula foi adiada

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Luiz Carlos Franco

Comecei a perceber que algo havia de errado com minha visão jogando tênis com os amigos, por volta de dezembro. O que eu pensava de mim, algo como um sênior com vocação para Federer, passou a se configurar como um aluno iniciante daqueles sem muito futuro. Comecei a perder os jogos e parte da visão de profundidade com alguma velocidade.

Corri para um oftalmologista em janeiro, que pediu uma tomografia com cara de que algo havia de errado. Ele perguntou se eu havia sofrido algum impacto, e lembrei de uma bolada no olho esquerdo por volta de outubro.

A Amil não quis autorizar, pediu relatório e mais uns três exames. Paguei do próprio bolso em clínica particular e voltei ao oftalmologista, que retomou a fisionomia preocupada. Diagnóstico: “Buraco na mácula, caso de cirurgia. Procurar especialista em retina com urgência”.

Foi o que fiz, procurei a Eye Clinic, uma das clínicas especializadas recomendadas. Vários exames depois veio a confirmação de que era necessária a cirurgia de vitrectomia, acompanhada de implantação de uma lente para prevenir catarata, decorrente da intervenção necessária.

Fui informado na clínica que a Amil cobria a operação da catarata, mas a tal da vitrectomia sairia por R$ 21 mil, porque o convênio não cobria. Descobri aos 45 minutos do segundo tempo que a Amil cobria ambas, mas não ali.

Retomei com preocupação todo o processo no Hospital de Olhos Paulista, na segunda (16), um dia antes da operação na Eye Clinic, que cancelei naquele momento, apesar do medo de perder a visão do olho esquerdo.

O cirurgião que me atendeu registrou a gravidade do caso e pediu uma tomografia de urgência na quinta (19). Fui avisado pelo HOlhos na quarta (18) à tarde, no entanto, que a tomografia estava transferida para 13 de abril, e, consequentemente, a cirurgia, que seria dia 23 de março, também.

Mesmo com toda as implicações do coronavirus, eu toparia correr riscos numa cirurgia. Afinal, quanto mais tempo se passar, corro o risco da cirurgia se tornar inócua e meu olho esquerdo deixar de enxergar com exatidão, isso se não perder a visão por completo.

Socorro!

Luiz Carlos Franco é ​empresário e tem 67 anos

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