Descrição de chapéu Coronavírus

Einstein afastou 348 profissionais e tem 15 internados por coronavírus

Entre os afastados, 169 são profissionais de saúde e 36 já voltaram ao trabalho

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São Paulo

Desde fevereiro, quando foi registrado o primeiro caso de Covid-19 no país, a doença já provocou o afastamento de 348 profissionais do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Desses, 15 estão internados.

Entre os 15 mil colaboradores do Einstein, 169 dos que foram infectados são profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. "Já retornaram ao trabalho 36 desses profissionais", diz, em nota, o hospital.

O primeiro caso da infecção pelo novo coronavírus Sars-CoV-2 foi confirmado em 26 de fevereiro. Tratava-se de um homem de 61 anos que tinha viajado para a Itália e foi tratado no hospital Albert Einstein.

"O hospital registra o seu reconhecimento pela coragem, dedicação e sacrifício de todos os que estão na linha de frente do atendimento aos pacientes. O Einstein mantém-se empenhado em assegurar que cada colaborador esteja protegido com os equipamentos de segurança indicados pelos órgãos competentes e que recebam a assistência necessária em caso de adoecimento", diz o hospital Albert Einstein, em nota.

O Einstein não é o único hospital com profissionais contaminados. No Sírio-Libanês, também em São Paulo, há, desde fevereiro até esta segunda (30), 104 profissionais infectados pela Covid-19.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz também tem sofrido baixas em sua equipe por causa do novo coronavírus, com 66 colaboradores afastados. Desses, 38 são casos confirmados e 28 aguardam o resultado dos testes para a doença. Entre os afastados, 33 são profissionais de saúde, dois deles são médicos.

A contaminação de profissionais de saúde é uma das preocupações na pandemia do novo coronavírus. Nos países que foram mais afetados pela doença, são comuns os relatos de dificuldade de atendimento não só pelo grande número de doente e pela falta de respiradores para todos, como também por sofrer baixas na linha de frente do enfrentamento ao vírus. ​

Além disso, com o aumento da demanda por atendimento, os países registram falta de equipamentos básicos de proteção para as equipes hospitalares, como máscaras específicas, capotes que protegem o corpo, óculos e até mesmo luvas.

No Brasil, já há relatos de escassez de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). A AMB (Associação Médica Brasileira) registrou mais de 2.500 denúncias sobre o tema. O estado de São Paulo lidera a lista de denúncias, com 855, seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Não é só a falta de equipamentos de proteção que preocupa as pessoas da área. Os profissionais de saúde também têm relatado medo e apreensão. Um dos receios é levar o vírus para casa. A outra preocupação é quanto às possíveis mortes relacionada à sobrecarga do sistema de saúde. ​

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