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Italianos cantam das janelas e criam concerto nacional para enfrentar quarentena do coronavírus

Convocados pelas redes sociais, italianos têm driblado as restrições impostas por pandemia com música

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RFI

Sem poder se reunir em bares, restaurantes ou para assistir aos jogos de futebol, os italianos foram para suas varandas cantar e tocar música para animar a vizinhança no quarto dia de quarentena nacional por conta do coronavírus.

Com 13 mil pessoas contaminadas no país, hospitais lotados e um balanço de mortes que já passou de mil e não para de crescer, a Itália é o país mais atingido da Europa, o novo epicentro da epidemia, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Para reagir a esse cenário desolador e dar forças aos compatriotas, os italianos foram chamados nas redes sociais a tocarem música pelas janelas às 18h desta sexta-feira (13) a fim de que "durante alguns minutos o país fosse um imenso concerto".

Nos últimos dias, já eram compartilhados nas redes sociais vídeos em algumas cidades com pessoas cantando de suas varandas, retomando a ação dos chineses que gritavam mensagens de apoio de suas janelas durante a quarentena na China.

Com o chamado, as redes sociais foram tomadas nesta sexta por uma enxurrada de vídeos musicais com as hashtags #tuttoandrabene (Tudo vai ficar bem) e #iorestoacasa (Eu fico em casa). Diversa, a "playlist" tinha pessoas tocando o hino italiano, Fratelli d'Italia, a tradicional tarantela e até mesmo rocks ingleses.

Em sua conta no Instagram, o cantor Andrea Sannino postou uma compilação de napolitanos cantando de sua janela sua canção Abbracciame ("Beije me"), agradecendo: "Um dia, vou contar isso para meus filhos e netos." "Obrigado por me fazer chorar aos soluços."

Diante do sucesso, um novo "concerto" já foi marcado. Neste sábado, no mesmo horário, os italianos são chamados a voltarem a suas janelas.

Enquanto o país enfrenta a crise com todo o comércio não essencial fechado e eventos esportivos e culturais suspensos, artistas prometeram concertos virtuais para este período duro. Alguns museus, como o Uffizi em Florença ou o Guggenheim em Veneza, colocaram sua coleção à visitação on-line.

Com AFP

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