Teste de recém-nascido para coronavírus dá positivo em Londres

Mãe, também infectada, havia sido internada dias antes do nascimento, com suspeita de pneumonia

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Bruxelas

Uma mulher internada no final da gravidez com suspeita de pneumonia e seu bebê recém-nascido tiveram teste positivo para o coronavírus. O caso foi revelado pelo jornal britânico The Sun na madrugada deste sábado (14), e confirmado à Folha pela organização que administra o hospital universitário North Middlesex, onde ocorreu o parto.

Ainda não se sabe se o bebê contraiu a doença no útero ou foi infectado durante o nascimento. O resultado do teste feito na mãe saiu um dia depois do parto, e o bebê foi imediatamente testado.

Estudo feito na China com seis gestantes havia afastado risco de transmissão durante a gravidez.

De roupa especial e máscara,  médico mexe em bebê em berço em hospital
Bebê com coronavírus é tratado em hospital em Wuhan, na China - China Daily - 6.mar.2020/Reuters

Segundo o Sun, a mãe havia sido transferida do hospital para uma unidade especializada em infectologia, e o bebê continuava internado no norte de Londres.

Em comunicado, o hospital universitário afirmou que "dois pacientes testaram positivo para coronavírus", e que um deles continuava internado em quarto isolado, enquanto outro havia sido transferido, sem discriminar o que aconteceu com a mãe eo bebê

Os funcionários que tiveram contato com os dois ficarão em isolamento domiciliar durante ao menos duas semanas, e a ala em que ocorreu o parto, desinfetada.

Em fevereiro, a BBC reportou um caso de bebé recém-nascido com o coronavírus na China.

O caso britânico acontece num momento em que a Europa se torna o novo epicentro da epidemia global e a abordagem do governo britânico para combater o coronavírus está sob ataque.

Enquanto 28 países europeus cancelaram todas as aulas por ao menos duas semanas e 8 fecharam completamente as fronteiras, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tem insistido que a medida é ineficaz e pode ser contraproducente.

Boris tem seguido a orientação de seu principal conselheiro científico, Patrick Valance, que defende que a população possa ser exposta ao vírus e desenvolver imunidade, o que deixaria o país mais seguro no longo prazo.

Na noite de sexta (13), porém, o primeiro-ministro voltou atrás na decisão de manter permitidos eventos de grande concentração de público. Eles devem ser proibidos a partir da próxima semana, segundo o governo.

A Escócia já havia barrado nesta semana qualquer concentração acima de 500 pessoas.

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