Descrição de chapéu Coronavírus

Bebida alcóolica deve ser restringida na quarentena por coronavírus, diz OMS

Entidade recomenda que governos apertem regras para o consumo, que pode reduzir imunidade e prejudicar saúde

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Bruxelas

Governos deveriam limitar a venda de bebidas alcoólicas durante as quarentenas, recomendou a OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo a entidade, o álcool reduz a imunidade, e seu consumo excessivo pode prejudicar a saúde física e mental e elevar o risco de violência doméstica durante confinamentos.

A seção europeia da OMS também afirmou que as bebidas não protegem contra o novo coronavírus, uma resposta a declarações do presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, que numa entrevista ao jornal britânico The Times recomendou vodka contra a doença.

“Medo e desinformação geraram um mito perigoso de que bebidas com alto teor alcóolico podem matar o coronavírus. Não matam”, afirma o comunicado da OMS.

Mulher ergue copo de vinho em happy hour virtual com amigos nos EUA durante pandemia de coronavírus; ao fundo, tela em que os amigos aparecem bebendo
Mulher ergue copo de vinho em happy hour virtual com amigos nos EUA durante pandemia de coronavírus - Olivier Douliery - 8.abr.2020/AFP

Segundo a entidade, além de qualquer bebida alcóolica ter potencial de danificar a saúde, as mais fortes podem até matar.

O produto é responsável por 3 milhões de mortes por ano no mundo, um terço delas na Europa.

A OMS também afirma que as bebidas, ao reduzirem a imunidade, podem elevar os riscos de doenças em geral. “Por isso, as pessoas devem minimizar o consumo de álcool particularmente durante a pandemia.”

Outro efeito adverso é o estímulo a comportamentos de risco, ou a reduzir as precauções necessárias contra a transmissão do coronavírus.

“Pessoas com tendência ao consumo abusivo estão especialmente vulneráveis, principalmente em autoisolamento”, diz o comunicado.

Segundo a OMS, regulações já existentes, como idade mínima e proibição de publicidade, deveriam ser elevadas e reforçadas durante a pandemia.

O órgão também recomenda aos governos que fortaleçam os serviços ligados ao abuso de álcool e drogas e reforcem campanhas de informação sobre os riscos.

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