Descrição de chapéu Coronavírus

Expansão de testes prometida por Doria trava em credenciamento de laboratórios

Dos 45 que comporão a rede de unidades habilitadas para processar amostras, 11 ainda não estão credenciados

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São Paulo

O alívio no gargalo de análise de testes da Covid-19 no estado de São Paulo ainda se demorará a sentir. Dos 45 laboratórios que comporão a rede de unidades de análise clínica habilitadas para processar amostras, 11 ainda não estão credenciados.

Hoje, a demanda vigente de amostras por processar no estado é de cerca de 17 mil exames, quantidade similar à que estava represada no dia 2, quando o governador João Doria anunciou a ampliação do serviço, por meio da Plataforma de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus.

O jornal O Estado de S. Paulo noticiou nesta sexta (10) que há 30 mil amostras aguardando análise. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o número é incorreto.

Campanha privada banca teste em profissionais de hospital público, no Rio
Campanha privada banca teste em profissionais de hospital público, no Rio - Leo Martins - 07.abr.2020/Agência O Globo

A secretaria informou à Folha que desse contingente global, 392 amostras foram canceladas e 1.900 estão retidas nas unidades de origem da coleta não tendo, portanto, chegado ainda aos laboratórios.

Outras 6.300 estão na fase de triagem, número que inclui amostras ainda não recebidas ou inadequadas para processamento. Por fim, das 21,6 mil amostras “em análise”, mais de 4.000 estão sendo processadas pelo laboratórios que já integram a plataforma.

Com coordenação do Instituto Butantan, a rede terá 45 laboratórios públicos e privados, dos quais 34 estão habilitados para exames do tipo RT-PCR para o Sars-CoV-2. Os demais aguardam credenciamento.

Hoje, a capacidade de processamento da rede é de 1.500 testes por dia, 700 deles no Instituto Butantan processa 700. A expectativa é que, com a rede capacitada, sejam analisadas 8.000 amostras diárias.

O instituto informou que a rede dispõe de 99 mil kits para testes; outros 725 mil kits —do primeiro lote do 1,2 milhão de testes adquiridos da Coreia do Sul pelo governo de SP— devem chegar até domingo (12).

O instituto diz que o processamento dos testes priorizará as 9.000 amostras de pacientes da UTI ou de óbitos. Eles serão feitos em até dez dias.

Entre os laboratórios públicos, só o criado no Butantan é automatizado. Nos demais, a pipetagem —adição das amostras nos tubos que são analisados na máquina de RT-PCR— é feita à mão.

Há também limitações de lotação dos laboratórios, por questões de biossegurança.

Foram negociados com a Fiocruz mais 44 mil testes para resolver o represamento. Com isso, pretendem-se realizar até 2.500 exames diários até o dia 30 de abril.

Segundo Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan, a rede reduzirá o tempo para liberação dos exames para até 48 horas, quando em plena atividade.

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