Descrição de chapéu Coronavírus

Monitoramento em SP mostra que maioria está circulando nas ruas

Governo de SP analisa dados de celulares e dispara SMS para quem descumprir distanciamento social

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São Paulo

Menos da metade da população do estado de São Paulo ficou em casa na última quarta-feira (8), menor índice desde que começou a quarentena para evitar a disseminação do novo coronavírus, anunciou o governo João Doria nesta quinta-feira (9).

Os dados são do novo Sistema de Monitoramento Inteligente, que passou a monitorar dados de operadoras de telefonia celular para analisar se a população está respeitando ou não as medidas de distanciamento social.

As informações analisadas são fornecidas pelas operadoras Vivo, da Claro, da Oi e da Tim.

Na quarta-feira, o índice da população isolada ficou em 49% no estado, o mais baixo da pandemia do novo coronavírus. Na capital, foi de 51%. O ideal, segundo o governador João Doria (PSDB), é uma taxa de pelo menos 70%.

No último domingo (5) houve o maior índice de pessoas em casa, o isolamento foi cumprido por 59% dos moradores do estado, segundo o governador.

Comércios e restaurantes estão fechados desde o dia 24 de março, por determinação do governo do estado, mas há uma pressão de alguns setores pela reabertura, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que critica os impactos da medida na economia. Apesar disso, o governo paulista sustenta que não pretende afrouxar a quarentena, previsto, por enquanto, até 22 de abril.

"Infelizmente há informações e estímulos pelas redes sociais de pessoas que são absolutamente irresponsáveis, propondo e estimulando o relaxamento das medidas de isolamento", disse Doria nesta quinta, tentando explicar o motivo de haver mais gente na rua.

Para a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, que coordena o novo sistema, o baixo índice no estado se deve também ao fato de parte das atividades estarem mantidas.

"Nós temos hoje uma quarentena considerada, no mundo, leve. São Paulo nunca parou. Temos a indústria funcionando, serviços essenciais, toda a parte de material de construção, logística, segurança, alimentação. Mesmo nos serviços não essenciais, os modelos de delivery e drive thru estão permitidos e inclusive incentivados para que as pessoas continuem tocando seus negócios", disse.

"Em países que tiveram que fazer um controle forte da pandemia, fizeram o chamado 'lockdown', e controlaram o fluxo das pessoas na rua. A gente está num modelo diferente e está tentando encontrar um equilíbrio entre os dois", continuou.

A secretária afirmou que os dados são anonimizados e agrupados, ou seja, o governo não tem como saber exatamente quem está fazendo aglomerações ou não.

Com os dados governo montou um mapa para ver onde há mais aglomerações. Na manhã desta quinta, a região da Lapa, na zona oeste de São Paulo, era um dos focos.

Celulares em regiões com alto índice de aglomeração vão receber mensagens SMS alertando às pessoas que devem ficar em casa. O sistema é compartilhado com diferentes setores do governo.

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