O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (15) que seria um desastre a saída de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde.
A declaração foi feita em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi.
"Um desastre se tivermos a saída do ministro da saúde Mandetta e seus secretários. Se houver a saída do ministro e membros da sua equipe, entendo como um desastre e risco para saúde pública", disse o tucano, que disse falar com alguma frequência via WhatsApp com Mandetta.
Para Doria, no caso da saída, haverá o risco de orientação política e ideólogica no ministério.
O tucano também lamentou a saída do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, do órgão. Oliveira foi elogiado por seu posicionamento técnico.
Ainda durante a entrevista coletiva, Doria leu o nome de 83 empresas e famílias, que fizeram R$ 367 milhões em doações. O tucano também anunciou o início das entregas de 1 milhão de cestas básicas doadas —no primeiro lote, serão apenas 20 mil do total.
UTI
Questionado pela Folha, o secretário de Saúde José Henrique Germann afirmou que o sistema de UTI atual do estado deve se esgotar até julho.
"Se nós mantivermos esse grau de isolamento social, podemos inferir que provavelmente teremos uma lotação de UTI a partir do mês de maio. Isso após os novos leitos que a gente ainda tem para colocar seria para o final de julho. Temos duas reservas de leito, uma que deve ser esgotar até o final de maio e outra que deve se esgotar até o final de julho", disse Germann.
O infectologista David Uip, que chefia o contingenciamento contra o coronavírus em SP, afirmou que há um gargalo e que o pico de casos deve acontecer mais uma vez no mês que vem. "Nós vamos ter um pico na metade de maio para frente, o que resta saber é se vamos enfrentar uma montanha ou um iceberg", disse Uip. "Estamos conseguindo baixar a curva, só que óbvio que precisamos continuadamente do apoio da população."
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