Descrição de chapéu Coronavírus

Se não houver isolamento de 50%, podemos rever reabertura, diz Doria

Tucano afirmou que, na quarta-feira (22), índice foi de 48%

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São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (23) que, se índices de isolamento social não ficarem acima de 50%, isso pode afetar a reabertura econômica prevista para maio.

O tucano fez a declaração em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, onde divulgou índice de isolamento de 48% na quarta-feira (22), abaixo do mínimo esperado de 50%.

Doria anunciou na quarta que fará uma uma flexibilização da quarentena para retomada econômica, regionalizada, mas deu poucos detalhes de como será a reabertura, marcada para a partir do dia 11 de maio.

"Se nós não tivermos uma taxa superior a 50%, poderemos rever a decisão da etapa que sucede a quarentena que vai até 10 de maio", disse Doria. "Não poderemos fazer flexibilização se não tivermos um índice mínimo de 50% de pessoas em casa. Ontem esse índice não foi atingido, mas nos quatro dias anteriores superamos os 50%, portanto, é perfeitamente possível".

Doria prometeu para esta sexta-feira (24) mais detalhes sobre quando será a reabertura das escolas, que ficaram do anúncio feito por ele na quarta. Além disso, o governo afirmou que publicará decreto recomendando o uso de máscaras em locais públicos, assim como aconteceu em São Paulo. ​

O tucano vem adotando um discurso mais brando, focado no convencimento, com uma exigência de isolamento menor do que a inicial, de 70%. Ele afirmou que, com base em avaliação de médicos, esse novo índice, de pelo menos 50%, seria o aceitável.

"A área nos orientou que o índice entre 50% e 60% passaria a ser mais aceitável dado o achatamento que nós conseguimos", disse Doria.

Na terça (21), feriado em homenagem a Tiradentes, o índice foi de 57%. Nas últimas semanas, o estado só tem conseguido alcancar índices perto de 60% nos feriados e finais de semana.

O secretário de Saúde, José Henrique Germann, ressaltou que temos uma curva de casos e mortes ascendente, mas em velocidade baixa.

O aumento de casos confirmados foi de 3%, atingindo 15.914, e o de mortes foi de 4%, com 1.134 mortes. Há também 1.323 em UTI e 1.439 em enfermaria.

A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado é de 55% e, na capital, de 74%.

REABERTURA

Testes, monitoramento da capacidade hospitalar e dados regionalizados regerão a reabertura do estado de São Paulo a partir de 11 de maio, quando os 645 municípios entrarão em uma fase de "quarentena heterogênea" para conter a pandemia do novo coronavírus.

A gestão Doria estima que o estado contará com um saldo de 3.200 mortos na primeira semana de maio (quase o triplo dos atuais 1.134) e avalia, no momento, haver indícios de que o estado esteja "achatando a curva" de infectados pela Covid-19, o que significa desacelerar o avanço da doença para que os hospitais possam lidar com a demanda.

Lembra, entretanto, que o quadro da pandemia é fluido, e protocolos sanitários e conclusões científicas mudam constantemente neste caso.

Assim, o estado fará o acompanhamento da disseminação, comparando cenários possíveis da evolução do vírus, e os novos protocolos serão definidos conforme a situação de cada região do estado e cada setor da economia.

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