Pazuello nomeia coronel como número 2 na Saúde e amplia militares em cargos

General assumiu o ministério interinamente após a saída do ex-ministro Nelson Teich

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Brasília

O ministro da Saúde interino, general Eduardo Pazuello, designou nesta terça-feira (19) o coronel Antônio Élcio Franco Filho, ex-secretário de saúde em Roraima, para ocupar o posto de número 2 na pasta como seu substituto.

Embora já ocupasse o posto de adjunto na secretaria-executiva, Franco Filho ainda não estava escalado como substituto oficial da área, o que até então cabia a um nome da gestão anterior. Agora, ele deve responder como secretário-executivo substituto enquanto Pazuello estiver à frente do Ministério da Saúde.

O general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde - Pedro Ladeira/Folhapress

O general também nomeou nesta terça mais nove militares para cargos dentro na pasta.

As nomeações ocorrem após a demissão do ex-ministro Nelson Teich, que deixou a pasta na sexta-feira em meio a divergências com o presidente Jair Bolsonaro.

O governo, porém, já vinha ampliando o número de militares na Saúde ainda na gestão de Teich. A situação reforçou a impressão entre secretários de saúde e governadores de que o então ministro vinha sendo tutelado no cargo.

Entre os novos nomeados, dois devem ocupar cargos como assessores do gabinete do ministro, seis na secretaria-executiva e um na secretaria de atenção especializada em saúde, como diretor. Em comum, todos são militares ou têm histórico militar.

Foram nomeados: Vagner Luiz da Silva Rangel como coordenador-geral de execução orçamentária na diretoria do Fundo Nacional de Saúde; André Cabral Botelho como coordenador de contabilidade; Giovani Cruz Camarão para coordenador de finanças; Angelo Martins Denicoli como diretor do departamento de monitoramento e avaliação do SUS; Mario Luiz Ricette Costa como assessor técnico na subsecretaria de planejamento e orçamento; Ramon da Silva Oliveira como coordenador-geral de inovação de processos e Marcelo Sampaio Pereira para diretor de programa na secretaria de atenção especializada.

Já o coronel Luiz Otávio Franco Duarte, que atuou na intervenção federal em Roraima, e Alexandre Magno Asteggiano, ligado ao Exército, foram nomeados como assessores do gabinete do ministro.

Nas últimas semanas, ao menos sete militares já haviam sido nomeados para cargos no Ministério da Saúde, a maioria para a secretaria-executiva, até então chefiada por Pazuello.

Após a saída de Teich, o presidente Jair Bolsonaro busca agora um novo nome para a pasta.

A tendência é que ele deixe Pazuello à frente da pasta até que tenha segurança na escolha de um novo nome.

Esse período pode variar de uma semana até o final da pandemia, como disse o presidente a pessoas próximas, conforme publicado pela Folha nesta terça.

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