Descrição de chapéu Coronavírus

Governo de SP estabelece fechamento de comércio em mais duas regiões do interior

Comitê reclassificou Registro e Maríli e órgão sugeriu endurecimento em Campinas e Sorocaba; SP passa de 200 mil casos

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São Paulo

Com a aceleração de internações fora da capital paulista, o governo João Doria (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (19) que mais duas regiões do interior paulista, de Registro e Marília, terão que retroceder na flexibilização.

Ambas as cidades saíram da fase laranja do plano, que permite comércios abertos, para a vermelha, em que há previsão de funcionamento apenas de atividades essenciais.

Além disso, o comitê de saúde emitiu nota técnica sugerindo aos prefeitos de Campinas e Sorocaba também promovam maior endurecimento.

As informações foram apresentadas no Palácio dos Bandeirantes, na zona oeste de São Paulo, em coletiva sobre medidas contra a pandemia. Atualmente, SP passou dos 200 mil casos.

Semanalmente, a gestão Doria faz um balanço do chamado Plano SP, que trata das ações de reabertura no estado. Dependendo dos índices que alcançarem, as regiões de SP podem tanto ser autorizadas a reabrir novos setores da economia quanto ser obrigada a fechar. Após o início da flexibilização, as ruas do estado lotaram de pessoas, que fizeram filas para entrar nos comércios.

A cidade de São Paulo e a Grande SP permanecem na fase laranja, que prevê abertura de comércio de rua, shoppings e escritórios, entre outros setores.

De acordo com Carlos Carvalho, coordenador do comitê contra o coronavírus, afirmou que houve aumento de internações em Registro (51%) e Marília (67%).

Segundo o médico, também foi emitida uma nota técnica sugerindo aos prefeitos de Campinas e Sorocaba o endurecimento da quarentena. Embora as regiões às quais as cidades pertencem ainda tenham condições de permanecer na chamada fase laranja, a situação de ambas as cidades acendeu alerta no governo.

"Como foi dito, essas avaliações recebemos informações diárias. Elas são avaliadas e alguns dados são mais críticos que outros, tanto que tem um peso maior. Quando um município começa a ter um número de ocupação de leitos ou internações muito acima do esperado, chegando numa zona de risco do sistema não comportar o número de pacientes, o comitê resolveu que vai fazer esse anúncio para que o prefeito possa tomar alguma atitude se for necessário", disse Carvalho.

Outras regiões do interior também tiveram que regredir na flexibilização anteriormente: Presidente Prudente, Ribeirão Preto e Barretos.

"A maior parte do estado permanece na fase laranja, que é a fase de controle, mas nós temos aqui cinco regiões, na fase vermelha, que é a fase de alerta", disse a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

Na última semana, houve variação de 13.181 internações para 13.100 internações. Além disso, as mortes passaram de 1.584 para 1.701 no mesmo período.

O estado registra atualmente 211.658 casos e 12.232 mortes por coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram 386 mortes.

"Tanto o número de casos como o número de óbitos estão dentro do nosso cenário para os próximos 15 dias a partir da última quarentena. Estamos em óbitos na faixa inferior do espectro e número de casos na borda superior do espectro", disse o secretário de Saúde José Henrique Germann.

O cenário previsto seria chegar até 30 de junho entre 15 mil e 18 mil óbitos.

O governo também anunciou que fará mais 233.785 testes até dia 15 de julho, voltado a profissionais de segurança, saúde e populações vulneráveis.

De acordo com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, a testagem feita até o momento mostra que as populações vulneráveis são "o alvo do momento da infecção". "Lá está na periferia, lá onde estão as populações desassistidas e isso deve aumentar", disse.

O governador João Doria afirmou ter, novamente, testado negativo para coronavírus. Ele fez o teste após contato com o secretário da Segurança, general Campos, que foi infectado e está assintomático.

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