Descrição de chapéu Coronavírus

Grande SP e litoral poderão abrir comércio; Ribeirão Preto deve fechar

Capital paulista permanece na fase laranja e não poderá abrir bares e salões; estado bate recorde de mortes

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São Paulo

O governo João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (10) que a Grande São Paulo, litoral e Vale do Ribeira avançaram na flexibilização e poderão abrir o comércio.

Por outro lado, as regiões de Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente passaram à zona mais restrita da quarentena, a vermelha, que autoriza apenas o funcionamento de atividades essenciais.

O governador Doria anunciou um novo período de quarentena no estado, que passa a valer entre a próxima segunda-feira (15) e o dia 28 de junho (domingo).

As mudanças valem também a partir de segunda. "Devido ao feriado e à importância que tem no estado, reforço que a Baixada Santista faça a retomada somente na segunda", disse Doria, durante anúncio no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona oeste) .

Segundo o governo, as regiões que regrediram tiveram crescimento de internações e óbitos. O estado bateu novamente o recorde de óbitos, com 340 casos. Ao todo, são 9.862 casos.

A capital permanece na área laranja, na classificação de cinco fases do governo: vermelha, laranja, amarela, verde e azul. Na primeira, há restrição total, que vai desaparecendo gradualmente até chegar na fase azul, de abertura.

Outras regiões do interior que estavam na zona amarela também regrediram para o laranja.

Segundo o governo, a maior parte do estado 27,5 milhões tiveram a classificação mantida, enquanto 11,4 milhões melhoraram e 5,3 milhões regrediram.

“Estamos com uma retração da epidemia na Baixada Santista e no Vale do Ribeira, onde número de casos confirmados, óbitos e internações diminuíram”, disse Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional. Na RMSP, segundo o secretário, a capacidade hospitalar foi aumentada em 40% em 15 dias, em todas as subregiões.

No interior, porém, a tendência é oposta. “Vamos precisar endurecer as medidas restritivas, como já era esperado”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen. “Houve um aumento da propagação da epidemia, apesar da capacidade hospitalar estar sob controle em todo o estado”, completou a secretária.

Segundo o Plano São Paulo, fora as três regiões com declínio da epidemia, todo o interior do estado manteve ou piorou os indicadores avaliados pela gestão. As regiões de Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente estão na fase vermelha do Plano, que recomenda as medidas mais restritivas de isolamento.

Segundo Patrícia Ellen, a região de Ribeirão Preto teve aumento de 50% no número de internações por causas de Covid-19 ou suspeitos em relação à semana anterior, e a variação no volume de óbitos foi de 100%. Na região de Barretos, foram 93% a mais de internações, e 100% a mais de óbitos; na região de Presidente Prudente, o aumento chegou a 60% a mais de internações e 50% a mais de óbitos.

Questionado se não houve erro no caso de regiões incluídas em fase de maior flexibilização e que agora regrediram. "Não houve erro algum. Seguimos os índices e orientação da ciência", disse Doria.

Doria afirmou que descumprimento das regras é minoritário no estado. “Todos os prefeitos que tomaram a liberalidade de abrir, tiveram que fechar por determinação do MP. Portanto, é melhor que não façam. Chega a ser vexatório", disse.

A perspectiva do governo de SP é que o número de casos dobre até o fim do mês. "A perspectiva de óbitos que talvez nós cheguemos no final do mês se continuar nessa mesma proporção, na faixa de 20 mil óbitos, variando de 16 mil a 22 mil, sempre mantendo essa taxa de isolamento", disse o infectologista Carlos Carvalho, que coordena o comitê contra o coronavírus no estado.

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