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Média móvel mostra crescimento da Covid-19 no Centro-Oeste e no Sul

Folha passa a informar também essa métrica diariamente sobre a evolução da pandemia

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São Paulo

Com crescimento no número de novas mortes e de novos casos de Covid-19, estados do Centro-Oeste e do Sul estão descolados neste momento da tendência geral do país, de estabilização dessas duas curvas (ainda que em patamares elevados, como em São Paulo e Rio).

As conclusões estão presentes quando se analisa a média móvel de casos e de óbitos causados pela doença, métrica que a Folha passa a informar diariamente a partir desta sexta-feira (10), além dos números absolutos sobre a doença.

A média móvel é um recurso estatístico que busca dar visão mais acurada da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A reportagem utilizará a opção de contar os últimos sete dias para esse levantamento.

A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete. No dia seguinte, é acrescentada a informação do período mais recente e excluído o dia mais antigo para o novo cálculo da média.

Na última segunda-feira (6), por exemplo, houve 656 novas mortes registradas pela doença no país. O volume registrado às segundas tende a ser baixo, porque laboratórios têm atividade menor aos fins de semana. Já a média móvel para a segunda-feira foi de 1.024, pois considera também os dados dos seis dias anteriores.

Já na terça-feira (7), o número absoluto de mortes no Brasil saltou para 1.312, pois abarcou também óbitos do fim de semana que ainda não haviam sido computados. Já a média móvel para a terça-feira foi de 1.030 --uma informação mais estável do que os números absolutos.

As informações sobre mortes e casos são apuradas pelo consórcio formado por Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Analisando o resultado da média móvel nos estados, é possível verificar que há crescimento de casos e de mortes no Sul e no Centro-Oeste.

Nos estados do Sul, a média móvel de novas mortes nesta semana ficou 32% maior do que na anterior, em relação a novos óbitos. No Centro-Oeste, 34% (houve crescimento também em relação a casos confirmados).

O estado com maior crescimento em mortes é Roraima (79%). Os que aparecem na sequência são do Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, com aumento de 77% e Goiás, com 41%) e Sul (Paraná, com 37%).

O Ministério da Saúde demonstrou preocupação nesta semana com as duas regiões, pois os monitoramentos da pasta apontaram aceleração da doença nessas áreas.

Mesmo assim, Brasília decidiu flexibilizar a quarentena, com reabertura de restaurantes, bares e academias nesta semana.

Esse crescimento contrasta como uma estabilização no Nordeste e Sudeste, ainda que, em números absolutos, essas regiões tenham mais casos e óbitos.

"Temos pequenas variações, mas a curva tende a se manter em um platô", disse o secretário de vigilância do ministério, Arnaldo Correia de Medeiros, que reconhece que há um "padrão elevado" de mortes no país.

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