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Brasil registra 1.322 mortes pela Covid-19 e já tem mais de 97 mil óbitos

Número de novos casos diários permanece alto e total chega a 2,8 milhões, mostra consórcio de imprensa

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São Paulo

O Brasil registrou 1.322 novas mortes pela Covid-19 e 54.685 casos da doença, nesta quarta (5). Com isso, o país já tem 97.418 óbitos e 2.862.761 infecções pelo Sars-CoV-2.

Um dos dados que mais chama a atenção é o número de mortos em Minas Gerais, que, pelo segundo dia consecutivo, registrou o maior número de óbitos em 24 horas. Foram registradas 152 mortes no estado. Com isso, Minas foi o segundo estado com mais óbitos no dia, ultrapassando Rio de Janeiro, que costumeiramente ocupa essa posição.

Minas Gerais chegou a 3.195 mortes e o Rio de Janeiro, com 140 mortes no dia, tem 13.855 óbitos acumulados.

São Paulo também teve um aumento de suas mortes e registrou 407 óbitos nesta quarta, um dos maiores valores atingidos pelo estado, que já tem 24.109 vidas perdidas.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.033, o que mantém uma posição de estabilidade nos dados, embora com números elevados.

O Sul e o Centro-Oeste permanecem como as regiões nas quais a pandemia se expande. Respectivamente, houve crescimento de 37% e de 8% na média móvel de mortes das regiões, em comparação à média de 14 dias atrás.

Santa Catarina, por exemplo, registrou, nesta quarta, o seu maior número de mortes em um dia, 71. O estado, que já tem 1.306 óbitos desde o início da pandemia, tem um aumento de 38% na sua média móvel de mortes, também em relação à média de 14 dias atrás.

O Rio Grande do Sul permanece com elevado número de mortes diárias, 64 nesta quarta, e com média móvel de mortes crescente, 40% maior. O estado soma 2.163 óbitos.

O Paraná, por sua vez, teve um número de mortos mais baixo nesta quarta, 35, mas tem média móvel 22% maior em relação a 14 dias atrás.

O Brasil tem uma taxa de cerca de 46,5 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 48,3 e 69,7 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O México, que recentemente ultrapassou o Reino Unido em número de mortos, tem 38,7 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 9 mortes por 100 mil habitantes.

O Ministério da Saúde afirmou nesta quarta-feira (50 que o país registrou nas últimas 24 horas 57.152 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus e 1.437 mortes confirmadas em decorrência da Covid-19. Desde o início da pandemia, o total de óbitos chega a 97.256 e de contaminados a 2.859.073.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​

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