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Brasil chega a 137 mil mortos pela Covid-19, mostra consórcio de imprensa

País, que ultrapassou a Espanha em mortes por 100 mil habitantes, registrou 455 óbitos e 15.821 novos casos; total de infecções é de 4,5 milhões

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São Paulo

O Brasil registrou 455 novas mortes pela Covid-19 e 15.821 ​casos da doença, nesta segunda (21). O país chega, assim, a 137.350 óbitos e 4.560.083 de pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Os finais de semana, feriados e segundas-feiras costumam apresentar dados mais baixos, por causa de atrasos nas notificações.

O Brasil já ultrapassou os EUA, Reino Unido, Espanha, Itália e França em mortes por 100 mil habitantes. Dessa forma, o Brasil tem uma das maiores taxas de morte por 100 mil habitantes no mundo.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 748. Recentemente, o país chegou a estar em situação de queda da média, mas retornou para o patamar de estabilidade dos dados de mortes (o que não significa uma situação tranquila).

A média ainda está em patamares elevados.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Rio de Janeiro e Rondônio são os únicos estados em que há aumento da média móvel de mortes em relação ao dado de 14 dias atrás.

Mortes nos estados

  • AC

    1 (total 757)

  • AL

    5 (total 2.399)

  • AM

    13 (total 5.062)

  • AP

    Não informou os dados (total 864)

  • BA

    28 (total 8.748)

  • CE

    12 (total 9.909)

  • DF

    9 (total 4.132)

  • ES

    31 (total 4.727)

  • GO

    8 (total 6.659)

  • MA

    5 (total 4.413)

  • MG

    76 (total 11.009)

  • MS

    16 (total 2.009)

  • MT

    13 (total 4.316)

  • PA

    9 (total 7.051)

  • PB

    16 (total 3.523)

  • PE

    22 (total 9.383)

  • PI

    9 (total 2.764)

  • PR

    41 (total 7.153)

  • RJ

    147 (total 24.351)

  • RN

    16 (total 2.854)

  • RO

    8 (total 1.689)

  • RR

    3 (total 772)

  • RS

    63 (total 8.007)

  • SC

    54 (total 4.652)

  • SE

    7 (total 2.394)

  • SP

    197 (total 44.878)

  • TO

    2 (total 1.212)

O Brasil tem uma taxa de cerca de 64,1 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 61,1 e 63 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil também já ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (59,1) e Espanha (65,5).

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos, tem 58,2 mortes para cada 100 mil habitantes.

A Índia agora é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 87.882 óbitos.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 29,3 mortes por 100 mil habitantes.

Balanço divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Ministério da Saúde aponta 13.439 novos casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h, com 377 novas mortes.

A pasta costuma dizer que uma queda nos registros já é esperada aos domingos e segundas-feiras devido ao número menor de equipes em laboratórios aos finais de semana. O governo, porém, também diz ver uma tendência de queda nos números, embora estes continuem ainda em patamares altos.

Com os novos dados, o total contabilizado pelo governo federal já chega a 4.558.068 casos da doença, com 137.272 mortes. O número de óbitos pode ser maior, já que há 2.428 ainda à espera do resultado de testes para a Covid-19.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.

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