Brasil registra 809 mortes e 35 mil novos casos da Covid-19 em 24 horas

País tem 138 mil óbitos e 4,5 milhões de infecções pela doença desde o começo da pandemia, mostra consórcio de imprensa

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São Paulo

O Brasil registrou 809 novas mortes pela Covid-19 e 35.252 ​casos da doença, nesta terça-feira (22). O país chega, assim, a 138.159 óbitos e a 4.595.335 de pessoas infectadas desde o início da pandemia.

O Brasil já ultrapassou os EUA, Reino Unido, Itália e França e está no mesmo patamar da Espanha em mortes por 100 mil habitantes, chegando a uma das maiores taxas proporcionais de morte no mundo.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 707. Recentemente, o país chegou a estar em situação de queda da média, mas retornou para o patamar de estabilidade dos dados de mortes —o que não significa uma situação tranquila. A média ainda está em patamares elevados.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

O Brasil tem uma taxa de 66 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (200.558), e o Reino Unido (41.951), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 61,4 e 63,1 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente. O Brasil também já ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (59,1).

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e registra nesta terça 73.697 óbitos, tem 58,4 mortes para cada 100 mil habitantes.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 88.935 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 6,6 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 30,3 mortes por 100 mil habitantes.

O Brasil registrou 836 novas mortes em decorrência do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça. O total desde o início da pandemia passou para 138.108.

Os números da pasta também apontam que 33.536 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no período. O total de casos confirmados da Covid-19 chega agora a 4.591.604.

Desde o início da pandemia, 3.945.627 pessoas se curaram da doença.

O estado de São Paulo segue sendo o mais afetado pelo novo coronavírus, registrando um total de 34.266 óbitos em decorrência da Covid 19 e 945.422 casos.

Na sequência da lista de unidades da federação com maior número de óbitos aparecem Rio de Janeiro (17.798 mortes), Ceará (8.850), Pernambuco (8.055) e Minas Gerais (6.764).​

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​

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