O governo João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (2) que, pela primeira vez, o estado de São Paulo fecha o mês com redução de mortes por coronavírus.
As mortes caíram 14,8%, segundo a gestão Doria. Em agosto, foram 7.017 óbitos, contra 8.234 no mês de julho.
"É o primeiro mês de registro de queda desde o início da pandemia. Os dados de hoje mantêm essa tendência, com taxa de ocupação em UTI estáveis, todas elas inferiores a 54%", afirmou o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn.
De acordo com a previsão do governo, a projeção é que até o dia 15 de setembro o estado possa ter entre 33 mil e 38 mil mortes. Já em relação ao número de casos, o estado poderá chegar até 1 milhão de casos.
Atualmente, SP tem 826.331 casos e 30.673 óbitos.
Ao longo dos últimos meses, os dados têm ficado dentro das projeções do comitê de contingência estadual, sempre com o número de casos e mortes próximo à borda inferior.
Às vésperas do feriado de 7 de setembro, Doria afirmou que não é responsável participar de aglomerações. "É muito preocupante a circunstância do que vimos no último final de semana que não era um feriado prolongado onde mais de 200 mil veículos se digiram para o litoral, e vimos as praias lotadas de pessoas sem a utilização de máscara", disse Doria.
Segundo o governo, haverá 200 fiscais estaduais reforçando a fiscalização em estâncias turísticas.
"Polícia terá o efetivo máximo trabalhando, as blitze nas rodovias, todo apoio às iniciativas da prefeitura de fiscalização. Mas registro mais uma vez que essa responsabilidade fiscalizatória é das prefeituras", afirmou o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.
O governo incentivou prefeitos a adotarem medidas restritivas, que serão apoiadas pela Polícia Militar.
VACINA
O governo Doria afirmou que a vacina contra coronavírus deveria ser obrigatória no país, repercutindo fala de Jair Bolsonaro (sem partido), que disse que ninguém seria obrigado a se vacinar.
"Em relação a manifestação feita ontem pelo presidente Jair Bolsonaro em relação à não obrigatoriedade da vacina, quero respeitosamente discordar dessa posição. A meu ver, a vacina deveria ser sim obrigatória para todos os brasileiros. Não consigo imaginar como cristão que sou que alguém renegue a possibilidade de continuar vivendo, que alguém faça a sua posição para a morte", disse Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Doria afirmou ser a favor de que a vacina seja uma opção pessoal, mas reforçou que é favorável à obrigatoriedade do procedimento.
O tucano ainda elogiou Bolsonaro e pediu a revisão do posicionamento. "Entendo que essa manifestação do presidente Jair Bolsonaro possa ser revista, ele tem tido no âmbito do Ministério da Saúde com o ministro Eduardo Pazuelo posições muito corretas, muito assertivas, e penso que a posição da saúde deva ser aquela que prevaleça sobre decisões de ordem ideológica ou que se afastem do dever de proteger a saúde e à vida", disse.
PSICÓLOGOS
O governo também anunciou a contratação de psicólogos para atender estudantes e professores na volta às aulas. Serão ao menos 1.000 profissionais a partir de novembro. O atendimento será remoto.
As aulas poderão começar no mês anterior (outubro), dependendo da situação da pandemia no estado. A partir do dia 8 deste mês, porém, escolas poderão fazer atividades de reforço, em regiões que estejam há 28 dias na fase amarela do Plano SP.
“Desde o período anterior a pandemia, a ansiedade é um dos fatores que mais afeta os educadores: 28% afirmam estar sofrendo ou ter sofrido algum tipo de depressão. Agora, quase 50% dos professores indicam que estão preocupados com a saúde mental”, disse o secretário da Educação, Rossieli Soares.
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