O Brasil registrou 644 mortes pela Covid-19 e 35.686 casos da doença, nesta quinta-feira (19). Com isso, o país, que vem apresentando aumento de contaminações pelo novo coronavírus, chegou a 168.141 óbitos e 5.983.089 infecções pelo Sars-CoV-2 desde o começo da pandemia.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 544, o que representa um cenário de aumento de mortes em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade.
A média, porém, foi afetada por um recente apagão de dados de alguns estados. De toda forma, dados do país têm mostrado tendências de aumento de casos de Covid-19, além de concretização da situação em locais como São Paulo.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
O Brasil tem uma taxa de 80,3 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (251.970), e o Reino Unido (53.870), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 77,1 e 81,1 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil também já ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (79,2).
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 99.528 óbitos, tem 78,9 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 110,4. O país tem 35.317 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 131.578 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 82,1 mortes por 100 mil habitantes (36.532 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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