Anvisa recebe pedido para estudo clínico no Brasil de vacina russa contra Covid-19

Pedido foi feito pela União Química, que tem parceria com governo russo para fabricar vacina Sputnik V no país

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Brasília

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que recebeu, na noite desta terça-feira (29), pedido de autorização para que sejam feitos estudos clínicos no país da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto Gamaleya, da Rússia.

A solicitação foi feita pelo laboratório União Química, que tem um acordo com o governo russo para produzir a vacina contra a Covid-19 no Brasil.

Segundo a agência, o protocolo de pesquisa deve ser analisado em até 72h, meta estabelecida com base em avaliações de outros estudos.

Profissional de saúde recebe uma das primeiras doses da vacina Sputnik V na Argentina, no hospital Posadas, em Buenos Aires
Profissional de saúde recebe uma das primeiras doses da vacina Sputnik V na Argentina, no hospital Posadas, em Buenos Aires - Divulgação

O pedido envolve aval para a realização da última etapa de estudos da vacina, a chamada fase 3, quando são verificados dados de segurança e eficácia.

Em nota, a agência diz que realizou uma série de reuniões com o laboratório nas últimas semanas "para orientar e trocar informações sobre a formatação do pedido de estudo e conhecer a proposta de estudo".

Ainda não há informações sobre número de voluntários e locais em que a vacina será testada.

Além da Rússia, a vacina começou a ser aplicada na Argentina nesta terça-feira (29), em funcionários do sistema de saúde do país.

O governo argentino, no entanto, enfrenta críticas por ter priorizado nesta primeira fase apenas a vacina russa. A oposição afirma que os documentos sobre os efeitos colaterais que a Sputnik V provocou em sua fase 3 não foram devidamente divulgados, enquanto a Anmat, a Anvisa argentina, afirma que a informação de Moscou está completa e os resultados cumprem os requisitos para o início da vacinação em "caráter de emergência".

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