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Brasil passa de 187 mil mortes pela Covid-19 com média móvel de óbitos crescente

País registrou 549 mortes e mais de 26 mil casos, mostra consórcio de imprensa; às segundas, dados são menores

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São Paulo

O Brasil registrou 549 mortes pela Covid-19 e 26.871 casos da doença, nesta segunda-feira (21). Com isso, o país já soma 187.322 óbitos e 7.264.221 de infecções pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

Aos domingos, feriados e segundas-feiras os dados sobre a Covid-19 costumam ser mais baixos, devido a atrasos de notificação nas secretarias de saúde.

Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 769, aumento de 27% em relação a 14 dias atrás. É a maior média desde a primeira semana de setembro.

O país vem em uma tendência de alta de mortes desde meados de novembro, com um breve intervalo de estabilidade.

Todas as regiões continuam com aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás. Somente o Nordeste tem situação estável (com 13% de aumento). Na última semana, o Norte se apresentava estável, mas agora evoluiu para um estágio de crescimento da média móvel de mortes.

Alagoas, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe apresentam aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás.

Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo se encontram em estabilidade. Os demais três estados apresentam queda.

O Brasil tem uma taxa de 89,4 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (319.255), e o Reino Unido (67.718), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 97,7 e 101,9 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (114,6), país com 69.214 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 118.202 óbitos, tem 93,7 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 116. O país tem 37.103 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 145.810 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,8 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 94,4 mortes por 100 mil habitantes (41.997 óbitos).

O balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (21) registrou 25.019 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus no Brasil e 527 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, foram 187.291 óbitos acumulados e 7.263.619 casos confirmados no país.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​

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