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Canadá aprova vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19

País é terceiro no mundo a autorizar uso do imunizante em sua população

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Ottawa e São Paulo | AFP

O Canadá aprovou nesta quarta-feira (9) a vacina desenvolvida pela Pfizer em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech contra a Covid-19, tornando-se o terceiro país a aprová-la dias após o Reino Unido e Bahrein.

"Os canadenses podem ficar seguros de que o processo de revisão foi rigoroso e que contamos com sistemas de controle efetivos", disse o Ministério da Saúde do Canadá em um comunicado. O registro para uso foi aprovado pela Health Canada, agência governamental responsável pela regulação de medicamentos e vacinas no país.

O governo do primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou na segunda-feira (7) que a vacinação dos canadenses poderia começar poucos dias após a autorização oficial.

Em nota, a Pfizer e a BioNTech afirmam que vão fornecer pelo menos 20 milhões de doses ao país durante o ano de 2021. O Canadá tem uma população de cerca de 37 milhões de pessoas atualmente. Como a vacina é aplicada em duas doses, o total do produto a ser entregue no próximo ano seria suficiente para vacinar cerca de 25% da população. O acordo com o governo canadense pode chegar a até 76 milhões de doses.

Em novembro, o governo canadense definiu os grupos prioritários para receber as primeiras doses de uma vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2. Na lista estão as pessoas com maior risco de desenvolver a Covid-19 na forma grave e morrer, pessoas com maior chance de transmitir a doença aos mais vulneráveis e trabalhadores essenciais para combater a doença ou para o funcionamento da sociedade. Pessoas que vivem ou trabalham em elevadas condições de risco para infecção e comunidades indígenas também foram incluídas no plano.

A vacina da Pfizer/BioNTech foi a primeira do mundo a receber um registro para uso de uma agência reguladora pelas vias usuais, após o término da terceira fase de estudos em humanos. A autorização no Reino Unido foi concedida no dia 2 de dezembro. Dois dias depois, o Bahrein também registrou o imunizante para uso.

Na terça-feira (8), o Ministério da Saúde brasileiro anunciou a assinatura de um termo de intenção de compra de 70 milhões de doses do produto. Essa é a segunda vacina adquirida pela pasta. O primeiro imunizante comprado foi a substância desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca (100 milhões de doses).

Em 18 de novembro, a Pfizer anunciou que os testes de fase 3 estavam concluídos e que os resultados preliminares indicavam que o imunizante tem eficácia de 95%. O dado colocou a vacina entre as mais promissoras em desenvolvimento.

Os resultados ainda não foram publicados em nenhuma revista científica, mas as aprovações de agências regulatórias fortalecem a confiança no produto, que já foi vendido para Estados Unidos, Japão, países da América Latina e Europa. Na terça-feira (8) a FDA, agência regulatória dos Estados Unidos, confirmou a eficácia do imunizante.

No Brasil, a Pfizer informou que deu início ao pedido de autorização para uso pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por meio do processo de submissão contínua das informações no fim de novembro.

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