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Pfizer pede aprovação emergencial para vacina contra Covid-19 na Índia, diz conselheiro do governo

No Brasil, governo federal indicou que a vacina da Pfizer estaria fora do perfil desejado

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Mayank Bhardwaj Devjyot Ghoshal Neha Arora
Nova Déli | Reuters

A Pfizer entrou com pedido para autorização de uso emergencial da sua vacina contra coronavírus na Índia, afirmou um conselheiro sanitário do governo em entrevista à televisão neste domingo (6), a primeira empresa a fazê-lo no país com o segundo maior total de infecções do mundo.

A empresa norte-americana, cuja vacina foi recentemente aprovada no Reino Unido, fez contato com as autoridades indianas no sábado, disse V.K. Paul, que está aconselhando o governo em assuntos relacionados à Covid-19.

“É bem-vindo o interesse da Pfizer de buscar uma licença emergencial em nosso país”, disse Paul à NDTV.

O órgão regulador de remédios da Índia geralmente demora 90 dias para decidir sobre esses pedidos, mas uma decisão sobre a vacina da Pfizer deve sair muito mais rápido do que isso, disse Paul.

“Isso será decidido, espero, em breve”, disse.

O ministério da Saúde não respondeu ao pedido por um comentário. Autoridades da Pfizer na Índia não puderam ser encontradas imediatamente para comentar.

Paul afirmou em novembro que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e pela rival Moderna talvez não estivessem disponíveis na Índia em grande quantidade em um futuro próximo.

A Índia torce para que cinco vacinas testadas localmente, incluindo a que está sendo desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford, a ajude a controlar o vírus.

A vacina da Pfizer precisa ser armazenada em 70 graus celsius negativos ou abaixo, temperaturas que, segundo especialistas da indústria, serão difíceis de serem mantidas em muitas instalações frigoríficas da Índia.

A Índia relatou mais de 9,57 milhões de casos de Covid-19, o segundo maior número atrás dos Estados Unidos, com quase 140.000 mortes.

A Pfizer também pediu às autoridades de regulação de medicamentos da Europa a autorização para uso emergencial de sua vacina. O mesmo processo foi iniciado nos Estados Unidos. A fabricante divulgou estudos que mostram que sua vacina é 95% eficaz contra o novo coronavírus.

Mas, no Brasil, o governo federal indicou, sem citar laboratórios, que a vacina desenvolvida pela Pfizer junto com a alemã BioNTech estaria fora do perfil desejado.

O Ministério da Saúde informou na última terça-feira (1) que as vacinas contra a Covid-19 que serão incluídas no Plano Nacional de Imunização devem “fundamentalmente” ser termoestáveis e poder ser armazenadas em temperaturas de 2°C a 8°C.

Na prática, o anúncio significa que a vacina da Pfizer não deve ser aplicada no país, uma vez que exige condições especiais de armazenamento, com temperaturas de -70º C.

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